Prefeitura oferece apoio a famílias com casos de microcefalia e doenças congênitas
As crianças com microcefalia ou doenças congênitas do zika vírus carecem de um olhar especial. Por esse motivo, a Secretaria Municipal de Promoção Social e Combate à Pobreza (Sempre) conta com o Centro Dia, uma unidade especializada no atendimento a pessoas com deficiência, sem autonomia e dependente da ajuda de terceiros. Atualmente, o espaço atende 207 famílias que lidam com casos de microcefalia e doenças resultantes do zika vírus, realizando o acompanhamento de 34 delas, com ações e orientações para os pais.
Epidemia – Em 2015, com a epidemia de zika, Salvador concentrou 97 dos registros, o equivalente a 53,8% das notificações, segundo a Secretaria Municipal de Saúde (SMS). A convivência com epidemias do mosquito Aedes Aegypti, vetor de doenças como dengue, chikungunya e zika vírus, é um problema para a sapude pública há cerca de três décadas.
A doença – A microcefalia é uma malformação congênita, que compromete o desenvolvimento adequado do cérebro. Neste caso, os bebês nascem com perímetro cefálico menor que o normal, que habitualmente é superior a 33 cm. Ao nascer, a criança realiza o primeiro exame físico, o exame deve ser feito em até 24 horas, após o nascimento. Este momento é de grande importância, já que é feita uma busca minuciosa de possíveis anomalias congênitas. Caso seja identificada alguma alteração neurológica, é necessário um acompanhamento feito por profissionais de saúde, na realização de procedimentos e atividades adequadas para o melhor desenvolvimento dessa criança.
Centro Dia – O trabalho desenvolvido no Centro Dia acolhe crianças de 0 a 6 anos com microcefalia e doenças relacionadas com atendimento especializado. O serviço é ofertado de segunda a sexta-feira, das 7h às 17h. As famílias interessadas em participar do projeto podem ir ao centro ou a qualquer órgão do município, para ser direcionada ao Centro Dia. No local, ocorre uma triagem de acompanhamento. Após avaliação, e dependendo da necessidade, recebem o plano de atendimento individualizado (PIA), que pode ser também familiar.
As famílias recebem orientações, atendimento psicossocial, odontológico e terapia ocupacional. São montados grupos com atividades diárias, a exemplo de palestras com participação ativa das famílias, que podem sugerir temas a ser abordados nas palestras, além de atividades lúdicas. Com a criação de um vínculo entre a criança e os profissionais, o espaço oferece um momento para que a mãe deixe a criança no local, durante meio turno, para resolver questões pessoais, tanto no período da manhã como pela tarde.
Visita domiciliar – Equipe técnica e coordenação se reúnem regularmente para selecionar casos que mais chamaram atenção, criando estratégias de trabalho com as famílias. Já as visitas podem ter a presença de uma enfermeira, dependendo das demandas e orientações. As visitas são realizadas uma vez por semana, com objetivo de entender o contexto familiar.
Serviços – As ações e atividades desenvolvidas envolvem atendimentos especializados em psicologia e serviço social, escutas qualificadas, atividade de autocuidado de vida diária, mutirão odontológico, orientação sobre Benefício de Prestação Continuada (BPC), orientação e apoio na obtenção de documentações, orientação na realização e atualização do CadÚnico, oficinas de atividades coletivas de convívio e socialização. Nas oficinas são feitas atividades voltadas à geração de renda (confeito de bolo, ovos da páscoa), autoestima (manicure, beleza) e saúde,
Além disso, são fomentadas ações como visitas domiciliares, apoio e orientação ao cuidador familiar, encaminhamentos para rede de saúde, educação e demais políticas setoriais, palestras com temas diversificados e acompanhamento de usuários à rede.
SECOM