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Vitória bate Mogi fora de casa e vai à semifinal do NBB

Quando superou o desafio inaugural do mata-mata e se tornou o primeiro time nordestino a vencer um confronto nos playoffs do Novo Basquete Brasil (NBB), o Vitória/Universo já havia feito história apenas na sua segunda participação.

Mas, naquele momento, o técnico Régis Marrelli avisou: “Não vamos parar por aqui”. Promessa cumprida. Neste sábado, a equipe baiana foi ao interior paulista, encarou o ambiente completamente favorável ao Mogi de forma corajosa e venceu por 95 a 85 para calar a torcida local. Assim, fechou a série em 3 a 2, de virada, e garantiu classificação para as semifinais da competição.

A melhor campanha de um time do Nordeste em oito edições do NBB desafia a história de um torneio que até aqui só teve dois campeões: o Flamengo (cinco vezes, em 2008/09, 2012/13, 2013/14, 2014/15 e 2015/16) e o Brasília (três vezes, de 2009/10 a 2011/12), ambos já eliminados.

Na próxima fase, o Leão terá pela frente mais uma equipe de São Paulo: Franca ou Paulistano. O outro confronto opõe Bauru e Pinheiros, também paulistas.

Pressão superada

Mesmo com muita pressão da torcida local, que lotou o ginásio de Mogi das Cruzes, e o poder ofensivo de um dos melhores times do Brasil, atual campeão da Liga Sul-Americana, o Vitória nunca deixou o adversário abrir grande folga no marcador.

Com atuações consistentes de jogadores como o americano Keyron Sheard e os alas Renato e Arthur, o Leão seguiu de perto o Mogi desde o início do duelo.

Também nascido nos EUA, o armador Larry Taylor, que defende a seleção brasileira, comandou os paulistas ao anotar 16 pontos apenas no primeiro tempo. Mas o equilíbrio foi sempre uma constante.

No quarto inicial, o Mogi venceu por 26 a 24. E, com o empate no período seguinte, as equipes foram para o intervalo com triunfo parcial apertado dos anfitriões: 43 a 41.

Só que o Rubro-Negro voltou para os dois quartos decisivos de maneira mais ousada. Tanto que logo virou o jogo. Com aproveitamento superior a 50% nos arremessos de três, abriu 14 pontos ao fim do terceiro período: 71 a 57. E só não conseguiu diferença maior por conta dos erros nas cobranças de lance livre.

Destaques dos times até então, os americanos Shamell, do Mogi, e Dawkins, do Vitória, não haviam brilhado até então. Era esperar para ver se um dos dois (ou ambos) despertaria no quarto final.

Para desespero rubro-negro, foi Shamell quem acordou. Ele anotou mais da metade de seus 35 pontos só nos 10 minutos derradeiros e incendiou o ginásio. O Vitória ficou visivelmente nervoso, passou a errar bastante e o Mogi chegou a encurtar a desvantagem para três pontos.

Porém, o Leão tinha outro americano talentoso a seu serviço. Com cinco pontos consecutivos e boas ações defensivas, o pivô Chris Hayes, que vinha mal no começo do jogo, foi decisivo para o time se restabelecer em quadra.

Assim, os baianos tornaram a abrir distância e os paulistas partiram para o desespero. Sem sucesso. A festa ao som ensurdecedor do silêncio que imperou em Mogi foi toda rubro-negra e nordestina.

“Este é apenas o segundo ano do nosso time e a classificação para a semifinal representa muito para a cidade e para o Nordeste. Muito importante. Eles eram favoritos, mas viemos aqui, marcamos bem e nosso ataque fluiu”, comemorou o ala Arthur.

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