Prefeitura vai reconstruir mais de 240 casas na Cidade de Plástico
A cozinheira Edna Leite, 46 anos, está na Cidade de Plástico, em Periperi, desde o início da ocupação. Nove anos atrás, ela e outras 30 famílias – quase todas chefiadas por mulheres solteiras – chegaram ao terreno de cerca de 20 mil metros quadrados, por onde passam os trens do Subúrbio Ferroviário no bairro, e deram início à Comunidade Guerreira Zeferina. Lá, bem em frente à Baía de Todos os Santos, instalaram barracos de plástico e lona improvisados para morar, o que levou ao apelido pelo qual a comunidade é mais conhecida.
Hoje, com 248 famílias, a Cidade do Plástico já não tem tanto plástico. Foram construídas casas de madeirite e até de tijolos. Mesmo assim, as condições de vida continuam tão precárias quanto no início, com problemas, principalmente, relacionados ao fornecimento de água e energia e à falta de saneamento básico.
“A única coisa que tenho feita de bloco, em minha casa, é o meu banheiro. Ontem (terça-feira passada), achei uma cobra em casa. E aqui tem tanto rato que preciso ter gatos. É ratão grande, enorme”, contou Edna, dona de três felinos, na quarta-feira passada, quando a equipe do CORREIO visitou o local.
Àquela altura, a maioria dos cerca de mil moradores já sabia da notícia: até o final do ano que vem, a prefeitura pretende dar nova vida à invasão, com a construção de novas unidades habitacionais, em um prazo de um ano. O investimento previsto no projeto de um condomínio é de R$ 18 milhões, com recursos provenientes do município.
Condomínio terá campo, parque infantil e deck de acesso à praia
O projeto que será implantado na Cidade de Plástico até o final de 2016, ao qual o CORREIO teve acesso em primeira mão, prevê a construção de prédios em dois padrões: sobrados, que terão dois pavimentos e somente apartamentos de dois quartos, e prédios com quatro pavimentos, com opção de dois ou três quartos.
O projeto que será implantado na Cidade de Plástico até o final de 2016, ao qual o CORREIO teve acesso em primeira mão, prevê a construção de prédios em dois padrões: sobrados, que terão dois pavimentos e somente apartamentos de dois quartos, e prédios com quatro pavimentos, com opção de dois ou três quartos.
Entre os sobrados, 20 apartamentos (sempre no andar térreo) serão adaptados para pessoas com algum tipo de deficiência ou dificuldade de locomoção.
O local será administrado como um condomínio, com despesas de manutenção pagas pelos futuros moradores.
Segundo Tânia Scofield, presidente da FMLF, a questão dos “gatos” de água e energia, muito comuns na comunidade (ver abaixo), será resolvida. “Trabalhamos nos prédios individualizando a água e a energia, para que não tenha o conflito da conta de condomínio, que será só das áreas comuns”, adianta a presidente.
O local será administrado como um condomínio, com despesas de manutenção pagas pelos futuros moradores.
Segundo Tânia Scofield, presidente da FMLF, a questão dos “gatos” de água e energia, muito comuns na comunidade (ver abaixo), será resolvida. “Trabalhamos nos prédios individualizando a água e a energia, para que não tenha o conflito da conta de condomínio, que será só das áreas comuns”, adianta a presidente.
(G1)