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Mais de 7 mil cidades em 158 países apagam as luzes hoje na Hora do Planeta

A Hora do Planeta acontece pelo oitavo ano consecutivo neste sábado (29) e a organização não governamental internacional World Wildlife Fund (WWF) está convocando milhões de pessoas a participarem da iniciativa em todo o mundo. Segundo a WWF, mais de 7 mil cidades em 158 países confirmaram participação. No Brasil, mais de 100 municípios confirmaram que vão apagar, das 20h30 às 21h30, a luz de monumentos, prédios públicos e residências, na ação que visa alertar o mundo do perigo do aquecimento global .
Neste ano, Belo Horizonte foi eleita por um júri internacional a capital brasileira da Hora do Planeta. A eleição ocorreu em parceria com o ICLEI (Governos Locais pela Sustentabilidade) por meio da iniciativa “Hora do Planeta: Desafio das Cidades”, que, em seu terceiro ano, elegeu capitais de 14 países no trabalho rumo ao desenvolvimento sustentável.
A capital de Minas Gerais concorreu em âmbito nacional com Rio de Janeiro e São Paulo, os outros dois finalistas do Brasil – que integrou pela primeira vez o Desafio das Cidades. Porto Alegre (RS), Manaus (AM), Fortaleza (CE), Betim (MG) e Sorocaba (SP) também participaram. Iniciativas das oito cidades foram reportadas pelos governos locais em uma plataforma de registro de carbono para cidades (o Carbonn), reconhecida internacionalmente e administrada pelo ICLEI. Foram expostos dados relevantes, planos e ações em andamento para a transição a um clima mais equilibrado e um futuro possível para o planeta.
De acordo com o parecer técnico do júri internacional, composto por especialistas, Belo Horizonte “apresenta uma estratégia de baixo carbono integrada, guiada por uma visão forte e construída através de ações concretas”. Entre os exemplos citados para a vitória da capital mineira estão a Usina Solar Fotovoltaica instalada na cobertura do Mineirão, um dos estádios da Copa do Mundo Fifa 2014, e o fato da energia solar térmica ter se desenvolvido de forma adequada na cidade. Belo Horizonte é considerada referência na aplicação do coletor solar para aquecimento de água e em números de edificações multifamiliares existentes com a aplicação da tecnologia – são atualmente, aproximadamente, 3.000 edifícios residenciais.
Outro ponto destacado é o Programa de Eficiência Energética da CEMIG (Companhia Energética de Minas Gerais), no qual uma parte do lucro da empresa é destinada para pesquisa e desenvolvimento. Para finalizar, os julgadores afirmam que a cidade “demonstra grande liderança local em ações climáticas dentro de uma economia emergente”.
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Foi a primeira vez que o Brasil participou da disputa. Em busca de práticas de mitigação e adaptação às mudanças climáticas, o Desafio das Cidades avaliou os investimentos na reestruturação das matrizes energéticas para fontes limpas. “É essencial que as cidades encarem o desafio imposto pelas mudanças climáticas, mas também aproveitem a oportunidade para se tornarem cidades inovadoras e inteligentes, adotando padrões de desenvolvimento urbano de baixo carbono. A primeira edição do Desafio no Brasil nos mostra que há excelentes exemplos de cidades desempenhando papel de liderança, medindo suas emissões e construindo planos abrangentes para enfrentar as mudanças climáticas, ao tornarem públicas suas informações e ações por meio do Registro Climático de Cidades Carbonn (cCCR), inspirando assim seus pares a seguir o mesmo caminho”, comenta Florence Laloe, Secretária Executiva do ICLEI – Secretariado para América do Sul.
De acordo com o WWF, o mundo está usando o equivalente a um planeta e meio para sustentar a vida na Terra. Com a ação, eles pretendem que as pessoas pensem por uma hora o que fazer para mudar esta situação e proteger o planeta nas próximas horas deste ano.
(IG)

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