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Denúncias de tráfico de mulheres sobem 1.547% em 2013

O número de denúncias de tráfico de pessoas para a Central de Atendimento à Mulher (Ligue 180) subiu 1.547% no primeiro semestre de 2013, segundo números divulgados pela Secretaria de Políticas para Mulheres (SPM) da Presidência da República. Em 2012, o serviço registrou 17 denúncias do tipo contra 263 em 2013, sendo 173 casos internacionais. Segundo a ministra-chefe da SPM, Eleonora Menicucci, o aumento se deve à realização de operações da Polícia Federal contra quadrilhas de tráfico de pessoas. 
“Houve a partir desse desbaratamento, um aumento de denúncias de tráfico de pessoas no primeiro semestre, sendo 173 de casos internacionais e 90 no Brasil. Ou seja, o aumento é assustador. Na realidade do problema e é absolutamente positivo do ponto de vista da busca e da procura por um atendimento”, disse.
Segundo a ministra, duas operações da PF partiram de denúncias ao Ligue 180 – uma em junho do ano passado e outra em janeiro deste ano. As investigações levaram aproximadamente seis meses. “As prisões demoram. Os processos são lentos”, explicou. 
Dentre os casos de tráfico internacional, 129 denúncias se referiam à exploração sexual, 42 de exploração de trabalho e dois casos de remoção de órgãos. Dos relatos de tráfico interno, 64 eram de exploração sexual, 25 de exploração de trabalho e um caso para fins de adoção.
O Ligue 180 também fez 31 atendimentos internacionais, realizados por brasileiras que vivem em outros países, sendo 15 habitantes da Espanha, dez na Itália e seis em Portugal.
Cidade de 2 mil habitantes lidera atendimentos
Segundo a SPM, a cidade que proporcionalmente mais fez ligações ao Ligue 180 foi Gabriel Monteiro, localizada no interior de São Paulo. Com 2.708 habitantes e uma população feminina de 1.332 pessoas, o município registrou 40 ligações. Para a pasta, isso mostra a importância da interiorização do programa.
Segundo a ministra Eleonora Menicucci, 80% dos registros do município são ligações de informações gerais, em geral a respeito da Lei Maria da Penha.
A lista é seguida pela cidade de Rio Doce (MG), também com menos de 3 mil habitantes, e Amapá (AP), com 8 mil habitantes.
(Terra)

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