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Câmara debate construção de cemitério vertical

Foto: Realizamos hoje pela manhã a Audiência sobre os cemitérios verticais. 
Quer agradecer as presenças de todos que puderam aprender e saber como o município tem tratado o tema que, ao contrario do que pensam, é tão importante para a população quanto qualquer outra intervenção promovida pelo poder público.

Assim, agradeço a Secretária Rosemma Maluf e Janete Garcia, Direto de Serviços Diversos da SEMOP; Ao José Augusto que representou o Secretário Ivanildo Gomes da Secretaria de Cidades Sustentáveis; Ao Sr. Lincoln Bittencourt do Bosque da Paz; Sr. Ricardo, representando a SMS e aos cidadãos que em um dia de trabalho estiveram presentes levando suas impressões sobre o assunto ao conhecimento das autoridades municipais.

Quero destacar o comprometimento de cada um dos responsáveis pela gestão de nossa cidade em oferecer o melhor para todos em todos os momentos. Diferente das alegações irresponsáveis de alguns, os gestores e o povo demonstra compreensão e preocupação com um tema que impacta diretamente a população mais pobre que depende do serviço funerário público.

Como tenho dito: Este é um tem difícil, que muitos se esquivam. Todavia, é um assunto presente no dia a dia da cidade e, portanto, deve ser tratado pelos legisladores. Assim, continuarei buscando melhorias nesta área para que nossa população tenha dignidade ao sepultar seus entes queridos.Problemas estruturais dos cemitérios públicos da cidade, como a falta de vagas, higiene e segurança, foram debatidos durante audiência pública realizada na manhã desta quinta-feira (1º), no Edifício Bahia Center, anexo da Câmara Municipal de Salvador. O encontro foi promovido pelo vereador Orlando Palhinha (PP), autor do Projeto de Indicação nº 304/09 que sugere a implantação de cemitérios verticais no município.
Apresentado em 2009, o projeto tem como objetivos aumentar a quantidade de vagas, diminuir o risco de doenças e infecções, economizar espaço e evitar a poluição do meio ambiente.“A população pobre é a que mais sofre. O crescimento das cidades exige equipamentos cada vez maiores. No caso de cemitérios, a ocupação de uma grande extensão de terra dentro de uma cidade como Salvador é um problema”, declarou Orlando Palhinha, acrescentando que a Prefeitura decidirá o melhor lugar para a implantação.
O assessor do vereador, Jorge Andrade, apresentou um modelo do projeto do cemitério vertical, com base em experiências que deram certo em outros municípios brasileiros. Citou o primeiro cemitério vertical do país, inaugurado em 1772, em São Miguel e Almas, no Rio Grande do Sul, e lembrou as instalações bem sucedidas em Santos, Guarulhos, Curitiba e Diadema.
A secretária municipal da Ordem Pública, Rosemma Maluf, anunciou ações de curto, médio e longo prazos para melhoras as condições dos cemitérios municipais e considerou positiva a proposta dos equipamentos verticais.
“É uma alternativa a ser estudada e debatida. Em curto prazo, devido à escassez de recursos do município, requalificaremos os que já existem e investiremos na construção de ‘carneirinhos’, colunas verticais com quatro compartimentos. Não podemos tratar o cemitério apenas como um espaço físico, já que é onde nossos entes queridos são enterrados. Essa proposta será, com certeza, muito importante para as comunidades”, declarou Rosemma Maluf.
Cultura
Na proposta, o vereador Orlando Palhinha destaca a importância de novas alternativas para o melhor aproveitamento do espaço em uma cidade populosa como Salvador, porém alerta para os empecilhos culturais.
“O sepultamento poderia ser substituído pela cremação. Todavia, a nossa cultura e as crenças que as pessoas nutrem sobre determinado valores ainda representam um obstáculo. Creio, portanto, que a construção de cemitérios verticais é uma solução que respeita os valores das pessoas e proporciona dignidade neste que é o último serviço que o município presta ao cidadão”, conclui Orlando Palhinha.
Durante a audiência, foram exibidos ainda três vídeos de matérias veiculadas na imprensa sobre a falta de vagas nos cemitérios de Salvador e que apresentam o projeto de indicação do vereador Palhinha como uma alternativa viável.
População participa
O vereador Orlando Palhinha afirma que “ninguém tem mais legitimidade para debater as dificuldades dos cemitérios municipais do que a própria população de Salvador, especialmente a mais pobre”. Ele destacou a importância de ouvir as considerações da população em debates públicos.
A líder comunitária do Conjunto Habitacional Coutos, em Fazendo Coutos, Leda Pereira, relatou os problemas enfrentados pelos moradores do Subúrbio Ferroviário.“Pela lei, 30% das vagas dos cemitérios particulares devem ser destinadas à população que não tem condições de pagar, mas, quando precisamos, dizem que não há vaga. Nem morto, rico se mistura com pobre”, criticou.
A aluna do curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal da Bahia, Lorena Valverde, estuda o tema e sugeriu que um terreno no bairro de Lobato pode ser utilizado para a construção do cemitério vertical.
“Salvador é muito carente em relação a cemitérios, que estão muito longe de ser ecologicamente corretos. Acredito que o cemitério vertical não deve ter muitos andares para se adaptar melhor à realidade da nossa cidade”, argumentou a estudante.
Necrochorume
No processo de decomposição, o cadáver libera, durante aproximadamente seis meses, uma mistura de líquidos chamada de necrochorume. Este composto possui grande potencial de contaminação química e bacteriana, podendo infectar lençóis freáticos e contaminar pessoas que tenham contato com a mistura.

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