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CFM quer impor idade máxima para mulher se submeter à reprodução assistida

Da fertilização in vitro para estudos com célula-tronco
O Conselho Federal de Medicina (CFM) vai atualizar a resolução que trata dos procedimentos de reprodução assistida no país. Uma das principais propostas é a de limitar entre 50 e 55 anos a idade máxima para uma mulher ser submetida às técnicas de reprodução assistida — tanto para ser mãe quanto para ceder temporariamente o útero. O órgão também vem discutindo outras questões, como as envolvendo a doação de óvulos e a reprodução assistida para casais homossexuais.
No último ano, ao menos três mulheres com mais de 60 anos se tornaram mães depois de serem submetidas à reprodução assistida, o que levanta questões éticas em torno do tema. “Uma mulher de 60 anos pode gerar uma criança, mas como ela vai acompanhar o desenvolvimento desse filho? Nessa idade, a mulher tem alterações hormonais e ainda pode ter problemas na gestação. É muito complicado”, diz Silvana Morandini, coordenadora da Câmara Técnica de Reprodução Assistida do Conselho Regional de Medicina de São Paulo (Cremesp), que participou das discussões com o CFM.
A última vez em que a resolução havia sido atualizada foi em 2010, depois de ficar quase 20 anos sem renovação. Para a revisão, o CFM contou com contribuições dos conselhos regionais de medicina do país. A atualização foi consolidada em outubro para ser enviada ao plenário para votação. Por ser um tema delicado, o assunto é debatido em sigilo pelo CFM, que não quis dar entrevista e orientou os conselheiros a não falar com a imprensa até que a nova resolução seja aprovada. O argumento é o de que as sugestões ainda estão sendo enviadas.
(Veja)

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