Imbassahy nega saída do PSDB
Embora o deputado federal Antonio Imbassahy permaneça sem dar brechas sobre o posicionamento na campanha eleitoral, as especulações sobre o futuro político do ex-prefeito não pararam nos últimos dias.
De acordo com informações de bastidores, o tucano estaria estudando a possibilidade de sair do PSDB e migrar para um partido aliado do governo federal, a exemplo do PP ou PR, visando integrar, daqui a dois anos, uma chapa majoritária encabeçada pelo PMDB, que trabalha com a candidatura de Geddel Vieira Lima a governador.
O prenúncio desse acordo seria o apoio dele ao peemedebista Mário Kertész. O parlamentar, entretanto, nega. “Essas informações não correspondem à realidade”, assegurou.
Estimulada por essa insatisfação, crescem simulações de acordos de Imbassahy com outras legendas, de olho em 2014.
Apesar de admitir que o irmão Geddel seja o nome do PMDB para o governo da Bahia em 2014, o presidente estadual da sigla, Lúcio Vieira Lima, confirma que não há qualquer tipo de negociação com Imbassahy. “Eu convidei ele para vir para o partido, ainda na época em que ele foi retirado do processo em Salvador, mas ele deixou claro que não tinha intenção de deixar o PSDB”, afirmou.
O dirigente peemedebista ressalta ainda que o trabalho desenvolvido pelo tucano na Câmara Federal não aparenta o empenho de quem está insatisfeito com a sigla. “Ele viria para o PMDB como um general, por ter sido governador, prefeito, mas essa conversa, infelizmente para o PMDB, não passa de especulação”, comenta.
Fora da campanha após ter sido tolhido com um acordo entre cúpulas do PSDB e do DEM, o Imbassahy disse nessa segunda-feira (13/8) à Tribuna que não pretende entrar no processo eleitoral em Salvador nos próximos dias.
“Estou participando da campanha no interior, em cidades como Camaçari, Vitória da Conquista e Encruzilhada. Em Salvador, estou aguardando a apresentação dos projetos dos candidatos e vou verificar a capacidade deles em realizá-los”, relatou o ex-prefeito, que não confirma a adesão ao projeto de ACM Neto (DEM), como o fez o próprio partido.
“Eu me coloco no campo da oposição, tanto da desastrosa administração de João Henrique, quanto da administração do governo do Estado, que tenho diversas críticas”, disparou o ex-prefeito.
Para o dirigente estadual dos tucanos, Sérgio Passos, a informação de que o ex-prefeito estaria pensando em sair da legenda é apenas especulação. “Não tenho conversado com ele nos últimos dias, por causa das viagens pelo interior do Estado, mas não tenho conhecimento sobre nada disso. Se há alguma situação para a saída, vem da parte dele, pois, no PSDB, não temos nenhuma informação”, descarta Passos.
O presidente estadual do PP, Mário Negromonte, negou ter falado com Imbassahy sobre uma suposta migração para a legenda dirigida por ele. “Não tenho qualquer notícia e, se houvesse uma conversa, tenho certeza que estaria sabendo.
Imbassahy é um nome que engrandece qualquer partido, mas, nas conversas que tenho tido com ele na Câmara, não falamos nada sobre saída dele do PSDB”, assegura Negromonte.
Procurado pela reportagem, o presidente estadual do PR, César Borges – dirigente de uma das siglas que poderia ser o destino de Imbassahy caso ele opte por sair do seio tucano -, não atendeu aos telefonemas para comentar o caso.
Além de refutar a ideia de sair do partido, Imbassahy foi enfático com as críticas ao atual prefeito da capital baiana. “Uma coisa que eu deixo muito claro: quem estiver ao lado do prefeito João Henrique não terá meu apoio”, disse.
Ou seja: entre Mário Kertész (PMDB) e ACM Neto, ganha o apoio dele quem estiver mais longe do Palácio Thomé de Souza.(TB)