Último dia de Carnaval no Circuito Osmar tem grandes artistas e clima de saudade entre foliões
O Carnaval chegou ao fim nesta terça-feira (4), e a sensação das pessoas que foram ao Circuito Osmar (Centro) para aproveitar os últimos momentos da maior festa popular do mundo já era de saudade. Neste último dia de folia, o circuito recebeu grandes artistas da música baiana, como Saulo, Daniela Mercury, Léo Santana, Mudei de Nome e Ivete Sangalo. Todos se apresentaram sem cordas, arrastando uma multidão até a Praça Castro Alves.
A médica Carol Ribeiro, de 36 anos, veio de Belo Horizonte para curtir a festa na capital baiana pela terceira vez. Nos outros dias, ela se dividiu entre blocos pagos e camarotes, mas, neste último dia, optou por “sentir a energia da galera”.
“Vim na companhia de uma amiga que mora aqui. Na verdade, nunca tinha curtido o Carnaval no Circuito Osmar, apenas no Dodô. Quando ela me disse que todas essas atrações estariam aqui e de graça, topei. Já quero voltar no próximo ano”, contou.
A amiga, a também médica Fábia Alves, de 34 anos, é veterana no Circuito Osmar. Moradora do Corredor da Vitória, ela aproveita a festa ao lado da família, nas proximidades de casa, com esporádicas idas à Barra-Ondina.
“Acho que aqui no Centro experimentamos um Carnaval mais tradicional, verdadeiro e feito para o povo. Quem mora aqui sente uma grande falta quando toda essa folia acaba, porque, nesses dias, as ruas ficam repletas de pessoas de todas as raças, cores e classes”, comentou.
Em coletiva de imprensa realizada nesta terça-feira, o prefeito Bruno Reis fez um balanço da folia. Ele destacou o compromisso da gestão em equilibrar os dois circuitos com grandes nomes da música. Mas não foi apenas neste último dia que a Avenida Sete viu gigantes se apresentarem. Durante os seis dias de festa momesca, passaram por lá artistas como BaianaSystem, Luiz Caldas, Xanddy Harmonia, Olodum, Carlinhos Brown e Baby do Brasil, além dos blocos afro e de samba. Todo esse esforço fez com que, na segunda-feira (3), o Circuito Osmar tivesse mais público que o Dodô.
A aposentada Marisa Pontes, de 74 anos, sai todos os anos na companhia das amigas em um bloco que reúne outros idosos do bairro. Se fosse permitido, diz ela, a festa se estenderia ainda mais. “Mas como não é, fica a saudade. Ano que vem, se Deus permitir, estarei novamente com minhas amigas, com saúde e vivas”, comentou.
Foto: Gilberto Júnior
Reportagem: Nilson Marinho
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