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Prefeitura inicia plano de monitoramento e enfrentamento das doenças respiratórias e arboviroses no pós-carnaval

Eventos de massa como o carnaval de Salvador atraem um elevado número de pessoas de todas as partes do mundo, consequentemente, gerando aumento do risco de disseminação, introdução ou reintrodução de doenças. Esse contexto exige a implantação de ações da vigilância e assistência para o fortalecimento das atividades de detecção, monitoramento e resposta frente à ocorrência de potenciais emergências de saúde pública.

Neste sentido, foi realizada nesta quarta-feira de cinzas, na sede da Secretaria Municipal da Saúde de Salvador (SMS), a primeira reunião de alinhamento das ações para monitoramento e enfrentamento das doenças respiratórias e arboviroses no pós-carnaval. Os dados já estavam sendo monitorados e foram apresentados nesta tarde pela Diretoria de Vigilância à Saúde (DVIS) e Sala de Situação em Saúde para subsidiar o trabalho ordenado envolvendo também as Diretorias de Atenção Básica e Atenção Especializada da SMS.

“Ao final de uma festa dessa magnitude existe um potencial risco de aumento dos casos de doenças como a gripe, covid e dengue, além das doenças diarreicas. Baseado nisso, deflagramos já nesta quarta-feira de cinzas um esforço conjunto para a tomada de decisões e ações mais céleres com o objetivo de intervir de forma mais rápida, evitando ‘pressão de porta’ na rede de urgência e emergência, e dando maior comodidade e segurança para a população”, destacou o secretário municipal da Saúde, Rodrigo Alves.

No caso das arboviroses, as ações que já são realizadas durante todo o ano foram intensificadas desde setembro passado com o lançamento da Campanha Verão Sem Mosquito, executando atividades de combate ao Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya, por toda a cidade. Os trabalhos incluem borrifação, aplicação de inseticidas, tratamento e eliminação de focos, e são de extrema importância neste período em que as temperaturas ficam mais elevadas e intercalando com períodos chuvosos, características propícias para proliferação e circulação mais intensa do mosquito.

As atividades seguiram durante todo o carnaval em ambientes públicos e privados com grande circulação de pessoas, como estações de transbordo, circuitos da folia e pontos turísticos. Para isso contou também com o apoio de diferentes áreas da Prefeitura, como o setor de turismo, educação, meio ambiente, limpeza urbana e transporte.

No período momesco, o Centro de Controle de Zoonoses atuou CCZ em mais de 35 bairros, realizando inspeções e ação de bloqueios de transmissão espacial (UBV) e focal contra as arboviroses. Foram realizados mais de 90 bloqueios de focos, visitados mais de 600 imóveis e 2.921 depósitos inspecionados. Nas atividades de controle de roedores, mais de 280 pontos foram desratizados, além de ações educativas nos bairros.

“O nosso trabalho é contínuo, começou antes e se manteve a todo vapor durante o carnaval, e se prorrogará intensamente até seis semanas após a festa, janela epidemiológica que merece atenção especial das nossas equipes. É válido destacar que pela primeira vez, este ano, disponibilizamos a vacinação de rotina durante todos os dias da folia, oportunizando a imunização de centenas de pessoas que aproveitaram o feriado para cuidar da saúde. Também executamos ações assistenciais, preventivas e educativas nos programas Salvador Acolhe e Catafolia, cuidando desses trabalhadores temporários e de seus filhos. Essas foram algumas das ações que executamos que contribuem para uma população mais saudável, protegida de agravos e doenças”, finalizou Rodrigo Alves.

Em Salvador, até a 9ª semana epidemiológica (29 de dezembro de 2024 a 1º de março de 2025), foram confirmados 16 casos de dengue, 5 de chikungunya e 3 de zika. No ano passado, no mesmo período, os números foram de 268, 13 e 51, respectivamente.

Ascom/SMS

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