Bruno Reis discute revitalização da Casa do Benin em reunião com ministro de Relações Exteriores do país africano
Em seu último dia de visita oficial ao Benin, no sábado (11), o prefeito de Salvador, Bruno Reis, reuniu-se com Olushegun Bakari, ministro de Relações Exteriores do país africano. Os gestores conversaram sobre políticas para ampliar as relações culturais e comerciais entre a capital baiana e a nação da África Ocidental, sobretudo em torno do potencial do afroturismo e do patrimônio cultural afro-brasileiro, fundado sobre uma forte herança beninense.
Um dos principais tópicos da reunião foi a Casa do Benin, equipamento cultural mantido pela Prefeitura no Centro Histórico de Salvador, que apresenta a relação ancestral entre os povos beninense e soteropolitano. O atual Benin foi a região de origem da maior parte das pessoas escravizadas que foram enviadas ao Brasil, especialmente à Bahia.
“Combinamos os detalhes para revitalizar e construir em parceria uma nova Casa do Benin. O que existe hoje será completamente restaurado, requalificado e renovado. O espaço fica no Centro Histórico, no coração da nossa cidade, e as pessoas do mundo todo quando visitam Salvador acabam conhecendo também a história do Benin”, destacou Bruno após a reunião em Cotonou, maior cidade do país africano.
Além disso, os gestores conversaram sobre formas de expandir as fronteiras de Salvador para o continente africano. “Estamos programando para o mês de março um road show, aqui em Cotonou e em Ouidah, para trazer empresários e representantes do trade turístico de Salvador e assim apresentar a nossa cidade. Com isso, esperamos que possam surgir oportunidades de negócios em comum para fortalecer as nossas relações econômicas”, completou Bruno Reis.
Ainda como parte da agenda, Bruno Reis compareceu a mais um dia do Vodun Days, festival internacional de espiritualidade, música, cultura e arte Vodum. A missão internacional no país africano foi programada justamente para o período do evento, como forma de conhecer melhor as relações ancestrais entre os povos. Originário da África Ocidental, o Vodum era a religião de muitas das pessoas escravizadas que foram trazidas para a Bahia, e é um ancestral direto do Candomblé brasileiro.
Bruno falou sobre o potencial afroturístico do festival: “Um evento que reuniu arte, cultura e espiritualidade, valorizando a história. Eu disse ao ministro que a cada ano o festival vai crescer e vai mobilizar mais pessoas dos quatro cantos do mundo que querem conhecer a sua história, querem resgatar as suas origens, querem conhecer um pouco mais da sua ancestralidade. Um evento que está de parabéns, muito bem organizado, com uma estrutura especial. Fomos muito bem recebidos e saímos com o desejo de poder retornar outras vezes”.
Também fazem parte da comitiva os secretários municipais Cacá Leão (Governo), Isaura Genoveva (Reparação), Giovanna Victer (Fazenda), Renata Vidal (Comunicação), e o subsecretário de Cultura, Walter Pinto.
SECOM
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