Na arena política, a ‘dança do acasalamento’ não é suficiente
Em todas as 5.568 cidades brasileiras, além de dois distritos (Fernando de Noronha e o Distrito Federal), num total de 5.570 localidades, a pré-campanha eleitoral testemunhou uma enxurrada de candidatos a vereadores e gestores. Nesse período fértil da política, testemunhamos uma dança, semelhante ao acasalamento de animais selvagens, fundamental para a reprodução das espécies. Contudo, essas danças estão repletas de promessas e pedidos, deixando de lado a verdadeira essência: o compromisso.
Nessa busca por uma união frutífera, as perspectivas são intensas para ambas as partes. Os eleitores, naturalmente, buscam defender seus interesses momentâneos, enquanto outros buscam solucionar problemas de segmentos específicos ou até mesmo resolver questões mais abrangentes. Do lado dos políticos, o objetivo é agregar cada vez mais apoio, buscando arrecadar o máximo de votos possível para garantir a tão desejada eleição. No entanto, durante essa dança do acasalamento político, muitas promessas são feitas por ambas as partes, enquanto o compromisso que deveria ser firmado fica em segundo plano. Muitos recorrem ao discurso de “vamos fazer agora e resolver depois”.
Políticos e eleitores precisam se unir de forma mais pragmática, buscando trilhar juntos o caminho da lealdade. Este caminho não se trata apenas de uma aliança justa, mas sim de uma parceria que atenda às necessidades de todos os envolvidos, e não apenas de um lado. É essencial que projetos estruturantes sejam implementados, e que as decisões sejam tomadas com uma visão ampla, visando o benefício coletivo a longo prazo. Somente assim, tanto eleitores quanto políticos poderão olhar para trás e dizer que fizeram a escolha certa, eliminando a necessidade de tantas voltas e danças, e se concentrando no toque simples da lealdade.
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