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Situação da Estação Terminal Águas Claras gera revolta dos rodoviários

O Terminal de Ônibus de Águas Claras, localizado em anexo a nova estação de metrô Águas Claras, tem sido alvo de intensa controvérsia devido às suas condições precárias. O Sindicato dos Rodoviários da Bahia fez um protesto na última quinta-feira, interrompendo a circulação de ônibus nesse trecho, devido às más condições do local. Segundo o sindicato, a obra está inacabada e não foram consideradas as necessidades dos trabalhadores rodoviários durante sua construção. Problemas como falta de água, banheiros inadequados, energia insuficiente e falta de segurança têm sido relatados, gerando transtornos não apenas para os rodoviários, mas também para os usuários do transporte público.

Daniel Mota, diretor de comunicação do sindicato dos rodoviários, destacou que as condições na estação são desumanas desde a inauguração do espaço, afetando diretamente a qualidade de vida dos trabalhadores rodoviários. Além das questões estruturais, como falta de água e energia adequadas, mencionou a falta de segurança, evidenciada por episódios de violência na região. “Trabalhar num lugar sete horas sem água? Nem pra beber muito menos pra dar descarga e fazer higiene pessoal. Não tem energia pra a gente esquentar um alimento. Botaram uma salinha apertada para a gente, sem ar condicionado”, enfatizou.

A falta de grade de proteção entre o ônibus e a plataforma, alagamento devido a má drenagem, além da falta de sinalização também foram criticadas.

Uma reunião após o protesto, com representantes da Sedur, indicou uma possível resolução para os problemas, com garantias de melhorias imediatas. Foi feito um mapeamento no local pela secretaria e constatado todas as reivindicações dos rodoviários. Foi encaminhada uma reunião para a próxima semana com a Sedur, mas de antemão colocaram um ar-condicionado na sala de conforto dos motoristas, e garantiram que não haverá mais problemas com água e luz. “Esperamos que quando forem inaugurar uma estação, eles devem chamar os trabalhadores para conversar porque senão vai ter outros protestos”, afirma Daniel.

A insatisfação não é só dos rodoviários, Fernanda Fonseca, usuária da estação, expressou preocupações com a falta de informação e segurança na estação, especialmente durante a noite. Além da falta de assentos e cobertura contra o sol e a chuva. “Ao meu ver, como usuária, eles deveriam pelo menos fechar essa estação por enquanto, deixar como estava na estação Pirajá e finalizar a obra aqui”, opina Fernanda.

João Santos do Prado, que utiliza diariamente a plataforma, critica a falta de cobertura adequada, expondo os passageiros às intempéries climáticas e aumentando os riscos de assaltos. “A gente pega o ônibus todo molhado e chega em casa encharcado. Depois de um dia de trabalho indo para casa cansado, chegar em casa todo molhado fica complicado”, lamenta João. Ele também ressalta a falta de agentes para informar sobre os horários e linhas de ônibus, pois diante da mudança rápida para essa estação, as pessoas ainda não estão habituadas.

A CCR Metrô Bahia, responsável pela administração do terminal, emitiu uma nota informando que medidas contingenciais foram adotadas para resolver questões como fornecimento de água e energia, em alinhamento com o Poder Concedente, e que já estão regularizadas.

A Tarde

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