Ireuda Silva é a mulher mais votada para cargo legislativo na Bahia
“Foi uma vitória de todas as mulheres”
Com 12.098 votos contabilizados na manhã desta segunda-feira (16), a vereadora Ireuda Silva (Republicanos) foi reeleita para mais quatro anos de mandato na Câmara Municipal de Salvador. Do total de vereadores eleitos, ela foi a quarta mais votada. Foi também a mulher mais votada de Salvador e da Bahia – e uma das únicas negras – para um cargo no Legislativo e a segunda mulher mais votada das capitais do Nordeste.
Nos últimos quatro anos, a republicana se notabilizou por uma defesa ferrenha dos direitos da mulher e no combate ao racismo. “Foi uma vitória de todas as mulheres, especialmente das mulheres negras. É muito simbólico que uma mulher negra, que sempre se pautou na luta por mais direitos e pelo combate à discriminação tenha tido tamanho reconhecimento. É uma prova contundente de que o trabalho sério, comprometido com o povo, dá resultado”, pontua Ireuda.
“Gostaria de agradecer a todos que acreditaram em mim e no meu mandato. Agradeço a parceria e o apoio da Prefeitura na gestão do prefeito ACM Neto pelo apoio. Juntos formamos uma equipe brilhante e Bruno Reis vem embalando com tudo para dar continuidade ao trabalho. Gratidão por cada morador que deu depoimento, aplaudiu, reconheceu… Sim, eu tenho a sensação de dever cumprido, mas sei que posso, e preciso fazer mais”, agradeceu Ireuda na véspera da votação.
Ireuda Silva, que é presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher, vice-presidente da Comissão de Reparação e presidente da Frente Parlamentar em Defesa da Saúde, está há muitos anos na luta contra o racismo e em prol dos direitos das mulheres. Seu primeiro mandato tem sido marcado por uma defesa intransigente dessas bandeiras e por um olhar cuidadoso sobre as diversas questões sociais que caracterizam a capital baiana.
A vulnerabilidade das mulheres negras ao desemprego é 50% maior. Estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) mostra que a cada 1 ponto percentual a mais na taxa de desemprego, as mulheres negras sofrem, em média, aumento de 1,5 ponto percentual. Por outro lado, elas têm mostrado um grande potencial para contornar as dificuldades: na última década, o volume de mulheres à frente dos pequenos negócios cresceu 18%, enquanto que o dos homens teve um aumento de apenas 8%, de acordo com pesquisa realizada pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). (ASCOM)