PSL oficializa candidatura de Jair Bolsonaro à Presidência
Foi confirmado, na tarde deste domingo (22), o nome do deputado federal Jair Bolsonaro, de 63 anos, como candidato do Partido Social Liberal (PSL) à Presidência da República nas Eleições 2018. Bolsonaro foi escolhido por aclamação de correligionários no encontro nacional da legenda, que ocorreu no Rio de Janeiro.
Durante o evento, não foi definido ou anunciado um nome para disputar o cargo de chefe do Executivo como vice-presidente de Bolsonaro. Segundo comunicado na convenção, o partido irá apresentar um representante para ser vice até o dia 5 de agosto
O parlamentar chegou pouco antes das 11h ao Centro de Convenções SulAmérica, na Cidade Nova, onde ocorreu o encontro.
O agora candidato à Presidência chegou à cerimônia acompanhado pela advogada Janaína Paschoal, pelos filhos Carlos, Eduardo e Flávio Bolsonaro, pelo senador do Partido da República Magno Malta e também pelo general da reserva Augusto Heleno Ribeiro Pereira, do Exército.
Antes do encontro, o presidente do PSL em São Paulo, Major Olímpio, declarou que Bolsonaro é “a grande força geradora de votos do partido”. Outros representantes, segundo ele, são apenas “figurantes”.
“A grande força geradora de votos do partido é o Bolsonaro. Qualquer outro filiado é figuração”, disse.
Trajetória
Jair Bolsonaro nasceu em 21 de março de 1955. É natural de Campinas, interior de São Paulo. Militar da reserva, o pré-candidato cumpre o sétimo mandato consecutivo como deputado federal. Em 5 de janeiro, o parlamentar deixou o Partido Social Cristão (PSC) e anunciou que se filiaria ao PSL.
Pouco depois, anunciou que pela sigla seria pré-candidato à Presidência, nona legenda à qual se filiou. Atualmente, o parlamentar é réu em ação penal no Supremo Tribunal Federal (STF) por suposto crime de apologia ao estupro e injúria.
Em 2014, Bolsonaro afirmou que não estupraria a deputada Maria do Rosário (PT-RS) porque ela “não merece”. Em razão do episódio, a Corte abriu, em 2016, a pedido da Procuradoria Geral da República ação penal contra o deputado.
Para rebater a denúncia, a defesa de Bolsonaro argumentou que ele tem “imunidade parlamentar”, que protege deputados e senadores por opiniões, palavras e votos. Advogados do parlamentar afirmaram, na época, que ele não incentivou outras pessoas a estuprar.(G1)