Operação conjunta desarticula esquema de furto e receptação de cabos em Salvador
Uma operação conjunta entre a Prefeitura e a Polícia Civil, na manhã da ultima sexta-feira (27), desarticulou um esquema de furto e receptação de cabos em ferros-velhos de Salvador. A ação terminou com interdição de quatro ferros-velhos clandestinos, apreensão de cobre, cabos e de um guard rail (mureta de proteção), além da prisão de duas pessoas, uma delas com mandado decretado pela Justiça por homicídio.
Ao todo, 150 agentes participaram da operação, 50 deles de maneira indireta. As ações envolveram agentes da Guarda Civil Municipal (GCM), fiscais da Secretaria Municipal de Ordem Pública (Semop), técnicos da Diretoria de Iluminação (Dsip), da Superintendência de Trânsito (Transalvador), da Secretaria de Desenvolvimento Urbano (Sedur) e agentes da Polícia Civil. As equipes estiveram nas Avenidas Vasco da Gama, Garibaldi, Vila América, no Vale da Muriçoca e entrada da Estação da Lapa.
O levantamento de dados envolveu o mapeamento dos ferros-velhos e a utilização de drones. Policiais e agentes da Guarda Municipal constataram que em alguns desses estabelecimentos clandestinos, os materiais furtados eram trocados por droga. A operação terá continuidade em toda a cidade para combater os prejuízos diários gerados pela ação criminosa.
Anualmente, a Dsip tem um prejuízo de R$ 600 mil e a Transalvador já calcula uma despesa de R$ 200 mil, apenas no período de janeiro a julho desse ano. Segundo o superintendente de Trânsito, Fabrízzio Muller, o órgão tem registrado furtos quase diários no município. “Muitas vezes, os meliantes não conseguem furtar a peça toda e acabam cortando os cabos, o que gera o mesmo prejuízo. O serviço mais afetado são os semáforos, que além de representar as perdas financeiras, provoca um problema de insegurança viária, pois o não funcionamento pode ocasionar um acidente de trânsito”, acrescentou.
Para o titular da Semop, Marcus Passos, a atuação do núcleo de inteligência da Guarda Civil Municipal e da Polícia Civil na coleta de informações foi imprescindível para o sucesso da operação. “A cidade vem registrando um aumento desse tipo de crime, que deixa as ruas escuras e semáforos apagados, causando enormes prejuízos à população. Vamos continuar com a ação para minimizar os impactos urbanos e combater esse tipo de delito”, informou.
A receptação qualificada é crime, previsto no Artigo 180 do Código Penal Brasileiro. A pena é prisão de 3 a 8 anos e multa. “Esse crime provoca, inclusive, a insegurança para a população, uma vez que deixa as ruas às escuras. Percebemos que muitos desses donos de estabelecimentos se aproveitavam da facilidade de compra dos materiais furtados para se manter no mercado. Nós estamos atentos a esse crime grave e vamos continuar combatendo”, disse Carla Ramos, delegada titular da Delegacia de Repressão a Furtos e Roubos.
SECOM