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Exame de sangue poderá detectar metástase do câncer de mama

A possibilidade de um simples exame de sangue capaz de identificar pacientes com câncer de mama com maior risco de desenvolver metástases cerebrais está cada vez mais próxima. De acordo com um estudo publicado nesta sexta-feira na revista científica Nature Communications, pesquisadores do Houston Methodist Hospital, nos Estados Unidos, conseguiram identificar células tumorais circulantes (CTCs), uma espécie de ‘assinatura genética’ das células tumorais, específica em pacientes portadoras de câncer de mama com metástases no cérebro.

Essa descoberta abre espaço para os cientistas entenderem como a metástase cerebral evolui a partir do câncer de mama e desenvolver novas maneiras de antecipar sua progressão e preveni-la.

Segundo os autores, estudos clínicos anteriores mostraram que entre 20% e 40% das pacientes com câncer de mama desenvolverão metástases cerebrais ao longo da vida. O problema é que, atualmente, o exame mais aceito no diagnóstico da metástase cerebral no câncer de mama é a ressonância magnética, que por sua vez, só identifica a massa metastática quando o tumor já está em um estado em que poucas opções de tratamento ainda estão disponíveis, levando a uma alta taxa de mortalidade.

No entanto, o novo exame seria capaz de identificar “micro metástases” de um tumor de mama que ainda não estão visíveis em exames de imagem. Ainda de acordo com o estudo, o teste seria capaz de monitorar em tempo real a progressão da doença e sua resposta ao tratamento.

Células circulantes de tumor

“Como essas ‘sementes’ da metástase sobrevivem e prosperam ao longo de um período de anos, às vezes décadas, é um enigma no estudo sobre câncer”, disse Dario Marchetti, principal autor da pesquisa e diretor do programa de pesquisa sobre biomarcadores no Instituto de Pesquisa do Houston Methodist.

“Nossa pesquisa confirmou que as células circulantes de tumor em metástases cerebrais de câncer de mama são distintas de outras células tumorais circulantes. Agora, podemos tomar essa informação e desenvolver uma ferramenta de triagem mais sensível para detectar o câncer metastático no sangue, possivelmente antes mesmo de a metástase ser detectável por exames de ressonância magnética.”(Veja)

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