Economia

Alta da indústria é outro alento para a economia

Leia o resumo da semana:

Indústria — o setor avançou 0,6% em abril, o melhor resultado para o mês desde 2013. Produtos farmacêuticos e veículos foram os destaques no mês. Em 12 meses a produção caiu 3,6%, ritmo menos intenso do que a retração de 6,6% registrada na virada do ano. Os dados são anteriores às revelações feitas pelos executivos da JBS.

PIB — a economia cresceu 1% no primeiro trimestre contra o final de 2016. Interrompeu, assim, uma sequência de oito quedas consecutivas. A agropecuária puxou o resultado, com alta de 13,4%. Por outro ângulo, na comparação com o mesmo período do ano anterior, a economia continua no campo negativo, com queda de 0,4%.

Juros — o BC cortou a taxa básica em um ponto, para 10,25%. A decisão era esperada; a novidade veio no comunicado. O Copom avisou que deve reduzir o ritmo do ciclo por força das incertezas na política. Desde o início dos cortes, os juros recuaram quatro pontos.

Desemprego — no trimestre até abril o desemprego ficou em 13,6%, pouco abaixo dos 13,7% do período até março. O país tem 14 milhões procurando emprego sem encontrar. Em um ano, 2,6 milhões de pessoas entraram na estatística.

Torquato Jardim — o novo ministro da Justiça foi anunciado no domingo, tomou posse na semana e disse que vai aumentar os recursos para a Polícia Federal. Do contingenciamento de R$ 400 milhões, cerca de R$ 170 milhões já foram liberados e Torquato pretende reverter o restante no semestre, direcionando os gastos para as operações. Ele ressalta que Michel Temer não foi acusado na investigação criminal e que ainda vai avaliar se muda ou mantém a direção da PF, hoje comandada por Leandro Daiello, o diretor-geral. O antecessor de Torquato, Osmar Serraglio recusou o Ministério da Transparência e voltou ao mandato de deputado federal. Dessa forma, seu suplente Rocha Loures perdeu o foro privilegiado e pode ser preso por ter recebido dinheiro da JBS, em operação filmada pela PF. O temor no Planalto é que ele delate caso seja preso.

Paulo Rabello — deslocado do IBGE para o BNDES, o novo presidente do banco disse na posse que já se reuniu com representantes da indústria, mas lembrou que a redução nos desembolsos foi culpa da administração anterior à de Maria Silvia, que deixou o BNDES na sexta-feira passada.

JBS — os controladores da companhia aceitaram pagar R$ 10,3 bi em 25 anos no acordo de leniência. A Justiça bloqueou R$ 800 milhões de Joesley Batista na investigação que apura a atuação no mercado de câmbio e de ações com o uso de informação privilegiada.

Diretas — a Comissão de Constituição e Justiça aprovou o texto da proposta para mudar a Constituição e realizar eleições diretas no caso de dupla vacância da Presidência até um ano antes do fim do mandato, o que poderá acontecer se o presidente Michel Temer for afastado do cargo até dezembro. A regra hoje prevê eleição direta se a saída ocorrer até dois anos antes do pleito.

Meio ambiente — o presidente Donald Trump abandonou o Acordo do Clima de Paris, assinado por 195 países. O acordo prevê medidas para contar o aquecimento global. Aqui no Brasil, tramita no Congresso uma medida para flexibilizar o licenciamento ambiental. Há poucos dias, os parlamentares aprovaram reduzir as áreas de proteção ambiental em Santa Catarina e da Floresta de Jamanxim, na Amazônia.( Blog da Miriam Leitão)

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