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Crédito do rotativo chega ao fim em abril; veja como fica o cartão com as mudanças

Com uma das taxas mais altas praticadas no mercado, o crédito rotativo do cartão de crédito vai chegar ao fim a partir de abril. Até o dia três do próximo mês, os bancos devem se adequar a uma nova norma do Banco Central e oferecer novas opções para o pagamento da fatura. 
O crédito rotativo do cartão de crédito significa o pagamento mínimo da fatura e, de acordo com especialistas, formam uma bola de neve para os usuários que optam pelo serviço. Com a nova regra, os donos dos cartões só vão poder pagar o mínimo uma vez, na fatura do mês seguinte, o banco será obrigado a oferecer parcelamento.
A expectativa é de juros menores e redução da inadimplência entre os clientes.Para o diretor executivo de estudos e pesquisas da Anefac, José Miguel Ribeiro, a decisão de acabar com o crédito é rotativo é um benefício para os usuários. “Hoje o consumidor entra no rotativo e fica rolando essa dívida dos 15% de juros do mínimo ao mês. É uma dívida cara, que a pessoa não tem como pagar. Juros sobre juros”, explica o diretor da Anefac. 
O Banco do Brasil já divulgou recentemente suas regras. Quem financiar a fatura na instituição vai pagar taxas entre 3,13% e 9,38 ao mês. O cliente poderá escolher como será o parcelamento, ou acontecerá automaticamente em 24 meses. Apesar das mudanças, especialistas alertam que é importante pesquisar e ter paciência para conseguir uma opção de pagamento. “Existem condições melhores, como o empréstimo pessoal, que a taxa é de 5,5 %. É melhor dever no parcelado do que ficar pagando 15%. É uma boa medida para o consumidor que vai pagar menos juros, e para o banco, que vai reduzir risco de inadimplência”. 
A taxa de juros do rotativo do cartão de crédito subiu e bateu novo recorde no início de 2017. De acordo com o Banco Central, a taxa chegou a 486,8% ao ano. A tarifa subiu 2,2 pontos percentuais em relação a dezembro do ano passado e foi a maior da série histórica iniciada em março de 2011.  A taxa do crédito parcelado também subiu e ficou em 161,9% ao ano, alta de 8,1 ponto percentual em relação a dezembro.
Educador financeiro, Ângelo Guerreiro destaca ainda que é preciso fazer um planejamento na hora de usar as linhas de crédito disponíveis no mercado. “Esse tipo de ferramenta existe para ajudar as pessoas a realizar sonhos e, se for bem usado, vai ajudar na realização.  mal usado é um pesadelo. A primeira coisa é conhecer a diferença entre os produtos, depois fazer um orçamento, cortar despesas e negociar com os bancos”, afirma. (Correio)

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