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Oito cuidados para treinar na academia do prédio com segurança

Trânsito, chuva, frio, cansaço ou falta de tempo. Independente de qual seja a sua desculpa favorita para dar cano no treino, as academias dos prédios e condomínios chegaram para exterminar todas elas. Segundo o educador físico Rafael Lago, existem muitas comodidades em fazer o exercício físico tão pertinho de casa, já que, principalmente nas cidades grandes, o trânsito se tornou um problema muito grande. No entanto, o treinamento realizado sem supervisão profissional precisa de cuidado redobrado. “Além do risco de lesão, podem acontecer erros ao definir a frequência e a intensidade do treino”, explica. Para otimizar os resultados da sua malhação em casa, o Minha Vida elencou oito medidas que você deve tomar antes de chamar o elevador. Confira a seguir.

Consulte um profissional

Exercício físico - foto: Getty Images

“Apesar de não ser uma regra nas academias, tampouco existir uma lei que obrigue a sua realização, a avaliação física é o primeiro passo para um treino bem estruturado e a conquista dos objetivos”, explica o educador físico Givanildo Matias, conselheiro da Sociedade Brasileira de Personal Trainers (SBPT). A avaliação médica também é de grande importância na identificação de possíveis restrições ao exercício, o que minimiza muito os riscos. “Não basta um simples exame de rotina, o ideal é um laudo detalhado com eletrocardiograma, testes de esforço, nos quais serão observadas as alterações do coração e da pressão arterial de repouso, esforço e recuperação”, recomenda o especialista. 

Se o acompanhamento contínuo com profissional não puder ser feito, a recomendação é que a pessoa busque um personal trainer para fazer a avaliação física e obter a prescrição do treino mais indicado de acordo com os aparelhos que dispõe na academia do prédio e com o seu objetivo. Outra medida é retomar o contato com o personal a cada um ou dois meses para ajustar o treino e assim obter mais resultados.

Roupas e tênis certos

Roupas adequadas  - foto: Getty Images

A escolha da roupa certa para malhar é quase tão importante quanto o exercício em si. Um dos principais erros é acreditar que quanto mais quente for a roupa, maior a sudorese e mais veloz o emagrecimento. No entanto, essa atitude só vai aumentar a temperatura corporal e até desidratar. Rafael Lago conta que a melhor escolha são as roupas próprias para a atividade física. Em geral, elas são confortáveis, não limitam os movimentos e permitem a troca de temperatura do corpo com o ambiente. O tênis também merece atenção: “você não precisa de um para fazer esteira e outro para a musculação, basta que o calçado seja confortável, tenha qualidade e amortecimento”, explica.

Avalie a academia

Academia - foto: Getty Images

O educador físico Rafael Lago explica que o espaço destinado à academia deve ser amplo, ter janelas grandes e um bom sistema de ventilação. Lugares quentes não permitem uma boa troca de calor do corpo com o ambiente, elevando o risco de desidratação e mal estar. “Quanto aos equipamentos, o ideal é que haja ao menos os básicos, como esteiras, bicicletas, halteres e um aparelho de musculação com múltiplas funções (o multi-estação), e que estejam bem higienizados”, explica. “Observe também se na academia há bebedouro, caso não haja, leve uma garrafa com água e mantenha o corpo hidratado antes, durante e depois da atividade”, recomenda Givanildo Matias.

Busque informação sobre os exercícios

Internet - foto: Getty Images

Quem vai treinar sozinho precisa de algumas orientações sobre os exercícios que fará, para não errar no movimento. “O ideal é que buscar informações com um educador físico”, explica Rafael Lago. Também vale procurar orientação em sites de referência, mas lembre-se que nesses casos a informação não é individualizada, ou seja, pode não ser o ideal para o seu caso. 

Faça um treino gradual

Musculação - foto: Getty Images

É fundamental respeitar os limites do seu corpo. Ultrapassá-los significa aumentar o risco de lesões e as chances de desistência. “Por isso, na musculação aumente a carga e número de repetições gradativamente, começando com exercícios básicos e um número de repetições e séries menor”, recomenda Rafael Lago. “Com o tempo, os exercícios podem se tornar mais intensos e o treino mais longo”. Na esteira, vale o mesmo: comece com caminhadas, aumente o ritmo gradativamente até chegar ao dia em que você terá fôlego para correr. 

O educador físico Givanildo Matias lembra ainda que é bem comum as pessoas terem uma percepção de intensidade, mas o corpo responder de outra maneira. “Isso acontece quando fazemos exercícios achando que a carga está muito leve e aumentamos o peso”, explica. “Uma semana depois as dores no corpo evidenciam o erro”. Para manter a segurança vá devagar e respeite seus limites.

A frequência do treino

Treino - foto: Getty Images

A frequência semanal de atividade física deve ser definida de acordo com a intensidade dos treinos. O importante é respeitar os limites do seu corpo, se houver dor muscular, por exemplo, o melhor é evitar a malhação naquele dia. “Com a dose correta de intensidade, mesmo um iniciante pode malhar de quatro a cinco vezes por semana com segurança”, recomenda Rafael Lago. 

Outro ponto importante é intercalar os dias de treino de um mesmo grupo muscular. Se hoje você vai treinar pernas, amanhã treine braços ou peitoral, por exemplo. Para o músculo receber um estímulo forte novamente, ele precisa de 48 horas de repouso. Mesmo os treinos aeróbios precisam deste intervalo. “A corrida, por exemplo, pode forçar muito as pernas, por isso a necessidade de descanso no dia seguinte”, afirma o especialista Adriano Coronato, personal trainer de São Paulo.

Para usar a esteira

Esteira - foto: Getty Images

Toda esteira tem um dispositivo de segurança que deve ser fixado na camiseta de quem está se exercitando. “Se essa pessoa se afastar muito da zona de segurança, o dispositivo será acionado e a esteira irá parar de funcionar automaticamente”, explica Givanildo Matias.

Prefira horários movimentados

Exercício físico - foto: Getty Images

Ao contrário de uma academia normal, que sempre tem gente, a do condomínio, às vezes fica vazia. “Por segurança, é melhor treinar em horários que tenha pelo menos uma pessoa além de você na sala”, recomenda Givanildo Matias. “Caso haja alguma emergência ou você precise de ajuda com algum exercício, haverá alguém para lhe socorrer”.(minha vida)

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