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​Comunidade Guerreira Zeferina participa de cursos profissionalizantes

Enquanto aguardam a construção das 257 unidades habitacionais numa área de 20.571m2 entre o mar e a linha férrea em Periperi, os moradores da Comunidade Guerreira Zeferina podem participar de cursos profissionalizantes e acompanhar a obra por meio de um aplicativo criado especialmente para o projeto.
O aplicativo, com agenda, formulários de inscrição nos cursos, galeria de fotos e informações sobre o andamento do projeto foi lançado na sede do Ara Keto, em Periperi. A reunião  marcou  também o reencontro dos moradores, que hoje vivem em diversos bairros de Salvador e recebem auxílio moradia da Prefeitura. 
“Nosso objetivo é manter os laços de vizinhança e estimular a profissionalização da comunidade, para que no retorno tenham melhor empregabilidade, além de moradia digna”, explica Paulo Hermida, diretor de da Casa Civil da Prefeitura, e coordenador do projeto.
Para Tânia Scofield, diretora da Fundação Mario Leal Ferreira, a confiança dos moradores não é obra do acaso. “Este entusiasmo e a credibilidade do projeto foram conquistados desde o início e são o resultado de um trabalho de contato e diálogo permanente com a comunidade, com a participação direta do prefeito”, afirmou.
Cursos – Jeorgina Maria Oliveira, que integra o comitê de moradores, vive a expectativa de fazer o curso de cuidadora para, inicialmente, ajudar a filha com o neto, portador de necessidades especiais. Ela vive na comunidade desde o início e está bastante confiante. “Resisti durante dez anos e agora tenho certeza que tudo o que foi  prometido está sendo cumprido”, diz.  Serão oferecidos, a partir da demanda registrada no App, também  cursos de produção de salgados e folheados, confeitaria básica, panificação, formação em marcenaria e de pedreiro.
A primeira turma do curso de pedreiro no Senai já está na fase de conclusão da parte prática. A camareira Cassileide da Silva Bonfim, que atualmente está desempregada e é folguista, aproveitou para fazer o curso e não está arrependida. “Estou realizando o sonho de aprender a profissão de meu pai, do meu padrastro e de  irmãos e o curso é muito bom”, avalia. Assim como os demais participantes do curso e moradores da comunidade com formação profissional, Cassileide terá prioridade na contratação para trabalhar na obra do projeto. “Vai ser muito bacana trabalhar na construção da minha casa e dos meus vizinhos”.
O Guerreira Zeferina é um projeto de requalificação urbanística e intervenção social da  Prefeitura de Salvador, na Avenida Afrânio Peixoto, em Periperi, Em substituição às moradias precárias, no local estão sendo construídas apartamentos em prédio de três andares com infraestrutura completa,  equipamentos comunitários, esportivos  e de convivência. 
Os projetos físico e social foram realizados em parceria com a comunidade. Enquanto as novas residências e infraestrutura são construídas, os moradores recebem auxílio moradia. Desde o início a comunidade é acompanhada pela equipe social, com a realização de atividades que favoreçam o fortalecimento comunitário.
Histórico – Assim que a Prefeitura decidiu pela realização do projeto Guerreira Zeferina, técnicos do município começaram a se reunir com a comunidade para trabalhar em conjunto e discutir o andamento do projeto. Em setembro de 2014, foi concluído o cadastramento de todos os moradores e o selamento dos terrenos, residências, construções, comércio e templos religiosos existentes na área.
O cadastramento e o selamento foram fundamentais, por exemplo, para garantir o direito de seis famílias que tiveram suas casas destruídas num incêndio criminoso em outubro de 2015. Mesmo não morando mais na comunidade, elas passaram a receber um aluguel social e estão com suas unidades garantidas.
Durante o processo, a comunidade sempre esteve representada por um comitê formado por oito moradores, lideranças reconhecidas, e foi amplamente informada sobre as garantias para as famílias cadastradas e os critérios de elegibilidade para recebimento da unidade habitacional. E passou a atuar como parceira da prefeitura, alertando aos que chegaram depois sobre a inutilidade de construir novas casas na tentativa de obter uma unidade do projeto.
Em novembro de 2015, a prefeitura contratou a Avsi Brasil, uma Organização Social de Interesse Público com larga experiência no Subúrbio Ferroviário, para a execução do trabalho de acompanhamento social com a relocação dos moradores durante o período da obra, monitoramento e avaliação da ação e promoção de cursos de qualificação e geração de emprego e renda.​

AGECOM

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