Pesticidas lindano e DDT estão vinculados a cancro
A Agência Internacional de Investigação do Cancro (Iarc, vinculada à OMS) também afirmou que o DDT, ou diclorodifeniltricloroetano, provavelmente provoca o cancro, e há evidências científicas que o relacionam com o LNH, cancro testicular e do fígado.
Numa análise de vários produtos químicos agrícolas, um painel de especialistas do Iarc disse que decidiu classificar o lindano como «cancerígeno para seres humanos», na sua categoria Grupo 1, o DDT como «provavelmente cancerígeno para os seres humanos», no seu Grupo 2A, e o herbicida 2,4-D como «possivelmente cancerígeno para seres humanos», no Grupo 2B.
A agência assinalou que os estudos epidemiológicos não encontraram aumentos elevados ou consistentes com risco de LNH ou outros cancros pela exposição ao 2,4-D, mas há fortes evidências de que este induz ao stress oxidativo, um processo que pode danificar as células do corpo, e evidência moderada de que pode sufocar o sistema imunológico.
O lindano, que desde 2009 está proibido ou restringido na maioria dos países, no âmbito da Convenção de Estocolmo sobre os Poluentes Orgânicos Persistentes, já foi usado extensivamente para o controlo de pragas na agricultura. Uma excepção é a permissão para uso como um tratamento para infestação de piolhos e sarna quando outros métodos falham.
Segundo o Iarc, a elevada exposição ao lindano era relatada previamente entre os trabalhadores agrícolas e aplicadores de pesticidas. O DDT foi introduzido para o controlo de doenças transmitidas por insectos durante a Segunda Guerra Mundial e, mais tarde, amplamente aplicado para erradicar o transmissor da malária e na agricultura.
(Diário Digital)