NotíciasSem categoria

Não vai ter copa !!!

Meu pai era jornalista. Digo jornalista, como jornalista sério, não se vendia. Não se dobrava ou se acovardava diante dos poderosos. Imaginei uma cena que resmungava de não entender o motivo da dedicação que meu pai tinha de politizar seus leitores. Imaginei que repetia o chavão do “todo político é ladrão”. Imagine a cena comigo: “Ele apenas me perguntou: Sem eles, quem governará. Quem tomará as decisões? Quem decidirá quais as prioridades? Imagine que você mora em um condomínio. E em um condomínio há o elevador, as escadas, as luzes, a água, o esgoto, a segurança e por aí vai. Estas são áreas comuns. Sem um síndico quem será o responsável por comprar e providenciar trocar uma lâmpada queimada? Todos dirão – Não fui eu eu queimou. E aí? Como fica? E se quebrar o elevador. Posso lhe garantir que os que moram nos andares inferiores pouco darão importância ao fato, no entanto, os que moram nos últimos andares sofrerão por ter que subir diversos lances de escada. Imagine ter que reuni todos os moradores para resolverem todos os problemas que surgirem no dia a dia. Seria complicado, não seria? Amplie o leque e pense numa cidade cujos problemas são infinitamente maiores. Imagine se tivessem que reuni todos os moradores de uma cidade para trocar cada lâmpada queimada. Seria impossível.” Eu concordei. Realmente seria difícil. Imagine que cada um possa opinar sobre o que fazer para dirigir uma cidade. Todos iriam querer consertar primeiro sua rua, já que cada um por sua natureza busca solucionar primeiro os seus problemas… Entendi, mas continuei acreditando que todo político era ladrão. Ele disse: então cabe a você buscar escolher os que não sejam. É claro que esta história é ficcional. É claro que o atual sistema de financiamento de campanha quase que obriga atos condenáveis. De verdade aí no que citei meu pai, só é fato meu Pai ter sido um jornalista sério, honesto e competente. Tanto que viveu com parcos recursos, mas teve o necessário para nos dar o sustento de uma sobrevivência de classe média. Sem luxos ou sobras. 

Creio que, como povo, numa redemocratização ainda adolescente, temos muito que melhorar nossa democracia. Algumas vitórias já foram conquistadas, como, por exemplo, a lei da fixa limpa, a ideia do financiamento público de campanha e da necessidade de uma ampla reforma eleitoral. Mas para avançarmos mais rápido, precisamos, urgentemente, derrubarmos a hipocrisia da imprensa brasileira. Também precisamos combater os fascismo rasteiro de fakes (que não faz política, faz sim uma politicagem barata, rasteira e que cria uma falsa imagem de realidade). Creio que se cada um de nós deletarmos os perfis de fakes, ou dos que postam fakes políticos, já ajudaremos muito no processo de seleção das mídias sociais. Independentemente de qual partido ele defenda. Se cada um de nós buscarmos informações isentas poderemos conseguir fazer de nosso país um país digno para nossos filhos e neto. 
Vamos pensar que as mídias TVs, Rádios, Jornais e Revistas faturam milhões de seus anunciantes e por este motivo só se ocupam de agradar a estes anunciantes. Vou dar um exemplo: A Miriam Leitão, fala sempre de previsões de mercado. Todas sempre negativas, cria um clima para favorecer e justificar os juros exorbitantes que geram lucros bilionários a especuladores e banqueiros. Repare nenhuma delas se concretizam. Mas ela repete previsões como se pudesse prever um futuro sempre nefasto. Isso é manipulação pelo medo, isso é lhe enganar propositadamente. Eles acreditam que assim se manterão eternamente. Porém, eles esquecem, que sem espectadores ou telespectadores eles simplesmente quebrarão. Sobre a copa da FIFA no Brasil por exemplo. Nossas mazelas são de muito tempo. Decorre de fatos históricos e não são de agora. Saúde, educação e mobilidade urbana não se resolveria com um evento. O dinheiro utilizado não foi do governo federal, foi um empréstimo tomado a um banco de desenvolvimento que será reposto com juros, juros baixos, é verdade, mas aceitável dado ao numero de empregos diretos e indiretos que motivou e que continuará a motivar. Mas a Copa é um evento e só isso. Não há nenhuma ligação com recursos que são aplicados na educação, na saúde ou mesmo na movimentação urbana, apesar de ter motivado também investimentos nestas áreas. A Copa não elegerá nem deixará de eleger Dilma ou Marina ou qualquer outro postulante ao cargo de Presidente. Isso é uma bobagem. A copa é apenas um evento esportivo de futebol num país que ama futebol. Futebol não aliena ninguém. Isso é outra bobagem. Eu adoro futebol e desafio quem não gosta a debater sobre em qualquer assunto político que ele queira discutir. O voto é outra coisa e é muito importante. Antes de votar temos que aceitar a ideia de que os políticos não são todos iguais. Existem políticos corruptos e incompetentes, porém muitos são dedicados e procuram fazer um bom trabalho no cargo que exercem. Mas como identificar um bom político? É importante acompanhar os noticiários com senso crítico atenção e critério para saber o que nossos representantes andam fazendo. Pode-se ligar ou enviar e-mails perguntando ou sugerindo ideias para o seu representante. Caso verifiquemos que aquele político ou governante fez um bom trabalho e não se envolveu em coisas erradas, vale à pena repetir o voto. Vale lembrar também que a cobrança também é um direito que o eleitor tem dentro de um sistema democrático. Não jogue seu voto fora. Não repasse postagens das quais vocês não dominem o assunto. 
Ricardo Matos.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *