Linhaça para aliviar a enxaqueca
Quimicamente falando, ácidos graxos são formados por cadeias de átomos de carbono, ligados a átomos de hidrogênio, tendo um radical ácido em uma de suas extremidades. Traduzindo as informações científicas para o conhecimento popular, pode-se dizer que esses ácidos são utilizados como forma de energia para o funcionamento de nosso corpo – e quase 40% do total da necessidade diária desses nutrientes são obtidos por meio de alimentação. Entre os vários tipos de ácidos graxos saturados e não saturados, destaca-se o ômega-3, nutriente que tem um importante papel no organismo, dentre eles produzir colesterol bom e proteger o coração. A propriedade anti-inflamatória do ômega-3 auxilia na melhora das dores de cabeça, como as enxaquecas, por exemplo. Dessa forma, a linhaça, um dos alimentos funcionais mais populares da atualidade, e que detém em sua composição 58% de ômega-3, é grande aliada na luta contra as dores. “Grande parte das referências de estudos sobre o assunto cita a linhaça como um alimento com propriedades anti-inflamatórias, graças à alta presença de ômega-3”, diz Juliana Rossi.
Modo de consumo
Bastante difundida e com preço acessível, a linhaça é encontrada em diversas versões de semente ou farinha, e seu óleo, outra de suas versões, é bastante rico em ômega-3. Se consumida como sementes, deve ser triturada para que a casca resistente não impeça que seus nutrientes sejam digeridos e aproveitados pelo organismo. Recomenda-se de uma a duas colheres de sopa por dia, que podem ser misturadas a sucos, leite, iogurte, frutas, pães e várias receitas. No mercado, também aparecem pães e bolos produzidos a partir de farinha de linhaça, uma versão em que suas sementes são trituradas – essa é uma opção prática para o consumo diário.
Exatamente como era na origem
Conforme conta a história, o linho, planta de onde vem a linhaça, é uma herbácea da época da Antiguidade, cultivada pelos homens há 10 mil anos. Há relatos que datam de 5.000 anos antes de Cristo, na Mesopotâmia. Segundo fontes não oficiais, já foram até encontrados desenhos das sementes no Egito. Seu uso na culinária e no tratamento medicinal, no entanto, é recente; e muitos institutos de pesquisa vêm investigando os poderes da linhaça, inclusive no tratamento de doenças como o câncer. Como a semente do linho é uma cultura de inverno, no Brasil, o principal produtor é a região noroeste do Rio Grande do Sul.
(Revista Viva Saúde)