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Lídice da Mata critica Dilma Rousseff

No centro das discussões em torno das eleições de 2014, sendo bem avaliada em pesquisas, a senadora Lídice da Mata, presidente nacional do PSB que chegou a cogitar um possível desalinhamento com o partido nacionalmente, chamou a atenção ontem ao destacar a pré-candidatura à Presidência da República do governador de Pernambuco, o dirigente nacional do PSB, Eduardo Campos. Demonstrando afinidade com o projeto de Campos, ela fez críticas à falta de habilidade política da presidente Dilma Rousseff (PT).  
“Eu acho que Eduardo é candidato, pelo que vejo dos movimentos dele, acho que ele assumiu uma estratégia de sair do foco da imprensa, que há três meses ele estava colocado. A candidatura dele é muito viável”, enfatizou em entrevista a rádio Metrópole, ontem.
Ela alfinetou a articulação política do governo Dilma, com a aliança a partidos que não se imaginava anteriormente. “Ninguém imaginava. César Borges é ministro de Dilma. Mas os tempos mudaram, as verbas estão concentradas, e o governo federal não repassa para os prefeitos e governadores. Isso precisa ser revisto”. Além disso, Lídice falou da forma com que a presidente lida com as relações na gestão. “Respeito a presidente Dilma, mas acho que lhe falta o jeito da política, isso consolida uma opinião de que não basta ser gerente. Um país depende das relações que constrói. Apesar da fama de boa gerente, nada se sustenta quando a economia começa a ter dificuldade”.
Diálogo com base estadual
A senadora Lídice da Mata sinalizou que está à vontade com a possível candidatura ao governo baiano em 2014. Com a avaliação de que tudo é possível no próximo ano, ela considerou as chances de dialogar com a base estadual, liderada pelo governador Jaques Wagner (PT), embora acredite que o PT dificilmente irá ceder para algum aliado. “Não gosto da ideia de reduzir minha candidatura em apoio a uma candidatura nacional. Tenho insistido, conversando com lideranças e, mesmo se Eduardo for candidato, não impede que o governo me tenha como candidata”, disse. Com uma relação histórica de aliança, a senadora já deixou de ser candidata à prefeitura de Salvador por duas vezes para apoiar os petistas, o deputado federal Nelson Pelegrino e o senador Walter Pinheiro. “O PT tem dificuldade para apoiar, nasceu de uma proposta exclusivista, mas o partido se misturou”, afirmou.
Lideranças socialistas já exaltaram o desejo pela postulação de Lídice e as condições existentes para essa conquista. Ela própria admite desde o início do ano o clamor para que isso aconteça. “A direção do partido quer. Nós estamos discutindo isso há algum tempo e todos querem ter uma candidatura própria. Nosso partido tem condições de pleitear isso na base, mas não posso me arvorar em dizer agora que sou candidata a todo custo”, afirmou.
(Tribuna)

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