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Promessa de campanha de Neto, Subprefeituras existem apenas na folha de Pagamento do Município e na internet.

Dois meses depois de ter vencido o prazo anunciado para que quatro subprefeituras funcionassem , a Prefeitura de Salvador ainda não conseguiu atingir esta meta
A única que oferece atendimento direto para a população é a de Itapuã, mas segundo o coordenador de descentralização da prefeitura, Reinaldo Braga, “não chega nem a 20 serviços”.
O objetivo foi revisto para  cinco unidades, mas duas delas não têm sede (Subúrbio e Cajazeiras) e as demais (Centro e Cidade Baixa) estão  em instalações provisórias.
Em fevereiro, o prefeito ACM Neto anunciou que quatro subprefeituras funcionariam até junho. Na campanha, ele tinha destacado que três funcionariam nos 30 primeiros dias de governo. Agora,  o novo prazo para que essas cinco operem no modelo elaborado por técnicos da Fundação Mário Leal se estende até janeiro de 2014.
De acordo com Braga, o objetivo  é oferecer à população serviços da prefeitura em locais próximos ao cidadão. A dificuldade de instalação se dá, segundo ele, pela  demora na elaboração do projeto e  licitação para as reformas.
“Caímos na fila da Fundação Mário Leal. Tinham muitos projetos na frente. Funcionamento pleno só com reformas”, diz o coordenador.
Segundo o secretário municipal de Gestão, Alexandre Pauperio, a previsão é que até  a próxima sexta-feira a licitação seja lançada, mas depende de ajustes e  de um termo de cooperação com a Superintendência de Conservação e Obras Públicas do Salvador (Sucop) para supervisão das futuras obras.
Após a licitação,  estão previstos mais 30 dias para  propostas. Outros 30 para assinar ordens de serviço e mais três meses para conclusão das obras. Mesmo sem ter data definida, a previsão é inaugurar as cinco subprefeituras “de uma só vez”.
Moradores – Em frente à futura sede do subúrbio, dois moradores de rua aproveitam a calçada para dormir no local. “Não tenho  para onde ir”, conta Deusdete Lopes, 57 anos.
Para a policial civil Maria das Neves, 47, se a unidade já estivesse funcionando os dois seriam encaminhados para assistência municipal.
“Se fosse instalada melhoraria muito. O subúrbio tem muito problema, principalmente de infraestrutura”, expõe Maria das Neves.
Moradora de Itapuã, a atendente Pedrina Alves, 44, procurou a subprefeitura a fim de encontrar vaga de emprego. “É bom. Quem está desempregado não precisa gastar com transporte, mas precisa ser melhor divulgado”, sugere.
Articulação – Sem sede, subúrbio e Cajazeiras não oferecem atendimento. Os subprefeitos fazem um trabalho  de aproximação com as comunidades para “identificar problemas existentes” e elaborar relatórios sobre as demandas para encaminhamento às secretarias municipais.
Centro e Cidade Baixa também fazem apenas o trabalho de articulação. “A estrutura aqui está muito prejudicada. Eu utilizo a internet do meu celular para encaminhar as demandas”, relata a subprefeita da Cidade Baixa, Ângela Lisboa, referindo-se à  instalação provisória que tem pisos e bancos quebrados, salas e banheiros sujos e apenas dois computadores.
“A comunidade não nos tem aqui como referência porque não é divulgado. Esperamos a reforma”, fala o subprefeito do Centro, Fábio Ramos.

Por Anderson Sotero.

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