Snowden segue “perdido” há seis dias no aeroporto de Moscou
Edward Snowden completa neste sábado seis dias “perdido” na zona de trânsito do aeroporto de Sheremetievo, em Moscou (Rússia), enquanto não se sabe se os EUA aceitarão as condições colocadas pelo pai do fugitivo para que seu filho compareça perante a Justiça americana.
Uma fonte que a agência russa “Interfax” classifica como “conhecedora da situação” assegurou hoje que o funcionário da Agência Nacional de Segurança (NSA) americana não poderá deixar a Rússia antes de se reunir com diplomatas de algum dos dois países que poderiam lhe conceder asilo, Equador e Venezuela.
“No dia de hoje, seu status não está definido juridicamente. Para legalizá-lo, deveria sair do aeroporto e se dirigir a uma embaixada, algo que não pode fazer por ter o passaporte cancelado, ou esperar outro encontro com diplomatas latino-americanos dispostos a irem para Sheremetievo”, explicou a fonte.
No entanto, a fonte afirmou que “nem diplomatas equatorianos nem venezuelanos se comunicaram com ele ou pessoas que acompanham seus planos de manter tal encontro. Portanto, a concessão de asilo em um ou outro país é uma questão aberta. Enquanto for assim, ele não pode sair de Sheremetievo nem comprar uma passagem de avião”.
A possibilidade de ir para o Equador, país que já dá proteção ao fundador da portal Wikileaks, Julian Assange, é mais factível depois de Quito renunciar às preferências tarifárias que tinha com os Estados Unidos.
Outra porta que pode se abrir para Snowden é a Venezuela, cujo presidente, Nicolás Maduro, assegurou que provavelmente daria asilo ao americano se este solicitasse.
A mensagem de Maduro, que irá para Moscou na próxima segunda-feira para participar do Fórum de Países Exportadores de Gás, foi entendido pelos especialistas como um convite para que o ex-técnico dos serviços secretos americanos peça refúgio a Caracas.
(Terra)