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Governo vê recuperação melhor da economia somente no 2º semestre

O governo sabe que até junho a economia brasileira não reagirá com firmeza e que a inflação continuará elevada, mantendo a gestão da presidente Dilma Rousseff vulnerável a críticas, avaliou um importante membro da equipe econômica.
O quadro econômico desfavorável, na avaliação da fonte, levou à antecipação do debate eleitoral de 2014, e complicou ainda mais a gestão da política econômica.
“É um momento delicado na gestão da presidente Dilma”, disse a fonte à Reuters, que preferiu não ser identificado para poder falar mais abertamente sobre a economia.
A reversão do quadro de baixo crescimento e pessimismo em relação à economia virá a partir de julho, quando o governo começará a tirar do papel os leilões de infraestrutura, como rodovias e aeroportos.
“Em julho, vamos colocar um leilão atrás do outro na rua. Leilões de rodovias e de aeroportos e isso, juntamente com os efeitos mais plenos das desonerações já adotadas, melhorará o ânimo sobre a economia brasileira”.
Pelo cronograma do governo, estão previstos para a partir de julho os leilões de concessão de nove lotes de rodovias federais e o lançamento dos editais de concessão dos aeroportos de Confins, em Minas Gerais, e do Galeão, no Rio de Janeiro.
Assim como outros membros da equipe econômica, ele acredita que o Produto Interno Bruto (PIB) terá uma recuperação gradual este ano e a inflação irá declinar, mas ainda sem convergir para a meta de 4,5 por cento ao ano.
Para alavancar a economia, além dos leilões, o governo está contando com o efeito dos cerca de 70 bilhões de reais em renúncia fiscal já anunciados para este ano.
Segundo a fonte, o Ministério da Fazenda não deverá adotar novas desonerações expressivas neste ano, apenas reduções tributárias pontuais e de pequeno impacto.
De modo geral, os economistas acreditam que o PIB brasileiro crescerá 3 por cento neste ano, mas já existem avaliações mais pessimistas, como a do Bradesco, que reduziu suas contas sobre o crescimento do PIB a 2,8 por cento em 2013, ante 3,5 por cento.
Em março, a inflação estourou o teto da meta, de 4,5 por cento com dois pontos percentuais para mais ou para menos, com o IPCA registrando alta de 6,59 por cento no acumulado em 12 meses. .
A escalada nos preços levou o BC a elevar a Selic em 0,25 ponto percentual, para 7,50 por cento ao ano, em meados de abril para segurar o consumo e os preços, movimento delicado neste momento em que a economia não dá sinais mais robustos de recuperação.
A produção industrial, por exemplo, subiu apenas 0,7 por cento em março frente a fevereiro, abaixo do esperado e indicando cenário de incertezas para o setor industrial e para a atividade econômica.
(R7)

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