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Discriminação racial na educação é tema de encontro com docentes municipais

Na tarde desta quinta-feira (21), Dia Internacional de Combate a Discriminação Racial, os diretores, coordenadores pedagógicos e representantes das Coordenadorias Regionais da Educação (CRE) da rede municipal de ensino participaram de um encontro para refletirem sobre o racismo na educação. O evento, realizado pela Secretaria Municipal da Educação (SMED), aconteceu no auditório da Faculdade Dom Pedro II, no Comércio.
palestracombateracismodpedroII2.jpgO encontro teve como objetivo discutir as questões raciais e a implementação da Lei 10639/03, que estabelece a obrigatoriedade do ensino da história e cultura afro-brasileira nas unidades de ensino. Em 2013, a lei completa dez anos de implementação. “Nós educadores somos formadores de opinião e precisamos refletir e dialogar sobre a questão do combate a discriminação racial dentro do nosso espaço, que é a sala de aula”, afirmou Consuelo Almeida, supervisora de Ensino e Apoio Pedagógico da SMED.
Participaram da discussão a professora, artista plástica e psicanalista clínica Stael Kyanda Machado com o tema gênero e raça; o mestre em História e especialista em Educação e Desigualdades Raciais Antônio Cosme Onawale, que falou sobre as novas e velhas faces do racismo na sociedade do século XXI e o especialista em História Social e Cultura Afro-Brasileira e mestre em Educação e Contemporaneidade, André Luis Souza, com o tema racismo na área da Educação.
“Gostei muito do encontro, pois a gente não ouve falar no dia 21 de março, que é uma data muito importante e que devemos divulgar nas nossas escolas, colocando sempre em prática o combate a discriminação”, afirmou a gestora da Escola Municipal Olga Mettig, Ana Lúcia da Silva.
21 de março – A data foi escolhida em memória ao episódio conhecido como “Massacre de Shaperville”, que ocorreu em 1960, na Árica do Sul. Estudantes realizaram uma manifestação contra a Lei do Passe, que obrigava a população negra a portar um cartão que continha os locais onde era permitida sua circulação. Durante o protesto, o exército abriu fogo sobre a multidão desarmada, matando 69 pessoas e ferindo outras 186. O fato abalou o mundo e a data foi instituída para a reflexão sobre a luta do povo negro contra a discriminação.

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