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Daniel sugere a criação do dia nacional do Trabalho Decente

O deputado federal Daniel Almeida (PCdoB-BA) apresentou hoje (20), à mesa diretora da Câmara dos Deputados, o projeto de lei que cria o “Dia Nacional do Trabalho Decente”, em 7 de outubro
O conceito de “trabalho decente” foi introduzido pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) e visa a garantir a todas as pessoas oportunidades de emprego produtivo, em condições de liberdade, equidade, segurança e dignidade.

“Com efeito, dia após dia, a sociedade lança, lastimavelmente, um grande contingente de concidadãos em atividades que estão longe do conceito que se tem de dignidade”, denuncia Daniel.

A proposta do parlamentar em criar a data, é relembrar o Massacre de Ipatinga e fazer do dia, um marco para os movimentos sindicais e sociais, em defesa da dignidade no trabalho. Para ele, este dia vai reforçar a necessidade de se resgatar os valores mais elevados dos trabalhadores.

Desde 2008, o movimento sindical em todo o mundo vem realizando nesta data a comemoração do “Dia Mundial do Trabalho Decente”, envolvendo milhões de pessoas. O movimento sindical brasileiro participa de tal iniciativa, e vários governos estaduais e municipais realizam ações para marcar a relevante data. Exemplo disto é o Governo da Bahia, que, em 2009, instalou neste mesmo dia, o Comitê Gestor para o Programa Bahia do Trabalho Decente.
 
O Massacre de Ipatinga

Em 7 de outubro de 1963, aconteceu o chamado, Massacre de Ipatinga, evento trágico no distrito de Ipatinga, em Coronel Fabriciano,  Minas Gerais, que vitimou oito pessoas. Dados extra oficiais apontam que foram mais de três mil feridos, e trinta e três mortos. Segundo o Jornal “Em Tempo” seriam mais de oitenta mortos.

Revoltados pelas más condições de trabalho e as humilhações que sofriam ao serem revistados antes de entrarem e saírem do trabalho na empresa Usiminas, os trabalhadores fizeram uma manifestação pacífica na porta da empresa.

A Polícia Militar, responsável pela segurança da empresa, abriu fogo, usando metralhadoras contra os operários desarmados. Alguns operários morreram fuzilados, entre eles, uma criança no colo da mãe.

 
                                                                                                                                   Por Karlo Dias

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