CiênciaSem categoria

Agência Espacial Europeia descarta relação entre meteorito e asteroide

O meteorito que caiu nesta sexta-feira nos montes Urais, na Rússia, e que deixou pelo menos 950 feridos, não tem relação com o asteroide denominado 2012 DA14 que passará hoje a apenas 27 mil quilômetros da Terra, segundo a Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês).
O engenheiro de instalações de satélites de pesquisa da ESA, Rainer Krefken, disse à Agência EFE que “pode se descartar que o meteorito e o asteroide tenham a ver”, já que sua trajetória é diferente.

“Se o meteorito tivesse a ver com o asteroide, teria apresentado outra direção de voo, teria voado do Sul para o Norte e não para o Oeste, como foi o caso”, disse Krefken do centro de controle de operações da ESA na cidade alemã de Darmstadt.
Segundo o especialista, a queda do meteorito não poderia ser prevista com a técnica disponível na atualidade.
A queda de meteoritos é um fenômeno que ocorre uma vez ao ano, mas normalmente passa despercebido porque costuma ocorrer no deserto ou em outras áreas não povoadas. O fato registrado hoje na região russa de Cheliabinsk, nos montes Urais, é o acidente de maiores consequências causado por um corpo celeste na Terra nos últimos anos.

Também foi um meteorito o responsável por uma gigantesca explosão que na manhã do dia 30 de junho de 1908 devastou uma superfície de 2.200 quilômetros e arrasou mais de 80 mil árvores perto do rio Tunguska, na Sibéria (Rússia). O chamado “evento de Tunguska” liberou uma energia 300 vezes superior à bomba nuclear de Hiroshima.
O fenômeno de hoje aconteceu no mesmo dia previsto para que o asteroide 2012 DA14, com algo entre 45 e 95 metros de diâmetro, passe a cerca de 27.860 quilômetros da Terra, a maior aproximação registrada de um objeto cósmico de nosso planeta, embora suficientemente longe para que não tenha consequências, segundo os especialistas.
A queda de um meteorito de 10 quilômetros de diâmetro há 65,5 milhões de anos, sobre a península mexicana de Iucatã, pôs fim à era dos dinossauros e afetou quase 70% das espécies. Segundo o especialista da ESA, “isto é algo que poderia voltar a ocorrer”. “É algo que poderia ser previsto, dependendo da órbita, mas para isso seria necessário muito tempo de adiantamento, pelo menos um ano. Mas quanto mais tempo melhor”, segundo Krefken.
(Terra)

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *