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Ministério Público vai investigar se incêndio em Secretaria foi criminoso

Em meio a muitos questionamentos, o Ministério Público Federal (MPF) determinou a investigação das causas do incêndio no prédio da Secretaria de Educação, em Salvador.
Tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), o imóvel do século XIX, situado no Parque Histórico Solar Boa Vista, no bairro do Engenho Velho de Brotas, em Salvador, foi moradia do poeta baiano Castro Alves.
Segundo o coordenador do núcleo criminal do MPF/BA, o procurador da República Vladimir Aras, “em se tratando de bem tombado pelo Iphan, a atribuição para apurar a existência ou não de incêndio criminoso é do MPF”.
O gabinete do secretário foi totalmente destruído, assim como o setor que administra os contratos e pagamentos da pasta.
Na segunda-feira (7), o vereador Duda Sanches (PSD) entregou ofício ao MPF e à Superintendência da Polícia Federal, requerendo explicações sobre o incêndio, que atingiu 70% do órgão municipal. Segundo Duda Sanches, é preciso que o Ministério Público Federal leve em consideração que o incêndio atingiu o setor de contratos celebrados pela administração municipal, ou seja, os contratos celebrados pela pasta com órgãos federais. A maioria destes contratos, responsáveis por recursos destinados à merenda escolar, é alvo de investigação e apuração pelo Ministério Público.
“Como todos sabemos, a merenda escolar é financiada com os recursos do Programa Nacional de Alimentação Escolar, de responsabilidade da União, cujos recursos têm sido repassados à pasta de Educação, pelo FNDE, sendo, em verdade, competência dessa Procuradoria de República apurar e promover as medidas cabíveis que a população espera”, destacou.
Por fim, o vereador, que é líder do PSD na Câmara, ressaltou que o seu objetivo é que sejam apurados com rigor os fatos, sejam eles criminosos ou não. “Para que se possa de uma vez por todas tranquilizar a população de Salvador já tão sofrida por tantos desmandos ocorridos nesta municipalidade, durante os últimos anos da administração”, concluiu, complementando que a meta não é julgar ninguém, mas sim garantir que as investigações sejam feitas, de forma que os alunos do município, assim como os cofres públicos, não venham a sofrer consequências futuras.(TB)

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