Surgem novos candidados à presidência da Câmara de Vereadores de Salvador
Engana-se quem apostou que a oposição na Câmara de Salvador iria ficar neutra no que diz respeito à disputa pela presidência do parlamento, após derrota do candidato da base, Nelson Pelegrino (PT).
Após cinco nomes lançados no páreo, o PT anunciou que Henrique Carballal estaria concorrendo ao pleito e, aliado a isso, ontem, os partidos que apoiaram Pelegrino durante a campanha e vão compor a bancada de oposição no próximo ano (PT, PCdoB, PSB, PMN, PDT e PSL) se reuniram para definir os princípios que vão nortear a eleição para a presidência da Câmara.
A novidade, entretanto, fica a cargo da possibilidade de novos postulantes da bancada contrária serem lançados, a exemplo da comunista Aladilce Souza, do pedetista Edvaldo Brito e José Trindade (PSL), juntando-se a Carballal e Odiosvaldo Vigas (PDT), que já havia se colocado como candidato, para que um possa ser escolhido como representante do grupo, que hoje conta com 16 vereadores e aposta na adesão dos independentes.
Do outro lado, o PTN, por sua vez, conta com três aspirantes: Alan Castro, Carlos Muniz e Geraldo Jr. e o PSDB com Paulo Câmara, tido atualmente como principal aposta.
Segundo Aladilce, a meta é definir um nome para representar os oposicionistas na eleição. “Estamos tentando afunilar em um nome que possa resgatar a autonomia do parlamento, que responda à altura a missão que a cidade lhe encarregou, de fiscalizar o Executivo e representar todas as forças políticas, e seremos parceiros na reconstrução de Salvador, pois a cidade não pode esperar”, destacou.
A escolha pode ser anunciada na próxima segunda-feira, às 10h30, quando uma nova reunião acontecerá no Centro de Cultura da Câmara.
Na oportunidade, foi distribuída uma carta aberta à população de Salvador. Assinaram o documento representantes dos diretórios municipais do PT, PSB, PCdoB, PTB, PSL, através dos vereadores eleitos Aladilce, Fabíola Mansur, José Trindade, Suíca, Waldir Pires, Antônio Brito, Marta Rodrigues e Henrique Carballal.
Eles defendem que para atender aos anseios do povo soteropolitano, que promoveu nas eleições de 2012 uma renovação de 53% dos quadros da Câmara Municipal, é preciso uma Câmara transparente, democrática e participativa, capaz de ouvir os conselhos municipais, as organizações da sociedade civil e a comunidade antes de votar os projetos de lei apresentados.
“Queremos uma gestão responsável dos recursos da Câmara, que promova o adequado funcionamento da Casa e recupere a imagem de austeridade e controle do dinheiro público”. (TB)