Stand Up Paddle:Todos remando
O Stand Up Paddle, também conhecido como SUP, surgiu no Havaí por volta da década de 1940, na praia de Waikiki. No local os “beachboys” (professores de surfe da região) usavam pranchas de madeira naval e remos para acompanhar de perto os alunos que davam os primeiros passos no surfe. Porém, a arte de remar sobre as pranchas ainda era mais uma ferramenta de trabalho, e seguia tímida entre os poucos adeptos.
No início dos anos 2000, o SUP teve uma explosão de praticantes, graças a um grupo de havaianos que passou a frequentar mais as praias munidos de suas pranchas e remos (descendo ondas ou fazendo travessias) e também começou a produzir equipamentos específicos para a prática das remadas em pé.
Toda essa movimentação chamou a atenção de alguns brasileiros que estavam nas ilhas e começaram a se inteirar sobre a prática. Enquanto isso, a nova “moda” já corria de boca em boca no litoral brasileiro e alguns surfistas já experimentavam o SUP na base do improviso.
De olho em um novo mercado, importadores e fabricantes de pranchas e remos entraram na onda e ajudaram os atletas a introduzir a modalidade em águas nacionais.
Com um número crescente de adeptos, o Stand Up Paddle oferece duas vertentes principais: a prática em ondas (esta mais parecida com o surfe) e a realização de travessias (que podem ser feitas no mar ou mesmo em rios, lagos e lagoas).
Dicas de segurança: Nunca reme cansado (adquira resistência física aos poucos até conseguir passar horas sobre a prancha), procure iniciar a prática em locais conhecidos, de águas tranquilas e nunca sozinho (de preferência, procure um professor que possa ensinar as primeiras técnicas de maneira adequada).
O SUP, como todo esporte aquático, exige que o praticante saiba nadar (existe no mercado colete salva-vidas próprio para o SUP, pois são mais finos e não restringem os movimentos).
Curiosidade: Há documentação que mostra dois jovens, pioneiros do surfe no Brasil, em 1939, utilizando remos em suas pranchas para manter o preparo físico em dias de mar sem onda. Estes eram Osmar Gonçalves e Jua Hafers, que pareciam prever um esporte que nasceria apenas alguns anos depois, no Havaí.
(Caravana da Aventura)