Tudo na vida é uma questão de atitude

Pense um pouco sobre as realizações mais importantes da sua vida e, certamente, todas elas têm algo em comum: foram precedidas de decisões difíceis e que necessitaram de atitudes corajosas.

Nas relações entre pessoas também necessitamos de atitudes e coragem para mudar uma situação adversa e conflituosa, pois elas estarão presentes em toda a nossa existência.Às vezes temos sonhos maravilhosos e possíveis de serem realizados, porém, o nosso medo de fracassar, comodismo ou falta de coragem para tomar uma decisão nos faz adiar, adiar e adiar.

Há uma frase que afirma: “saber e não fazer é não saber”. Como toda regra costuma ter exceções, não devemos generalizar. Repare um sutil detalhe nesta frase “não fazer”. A matéria-prima da vida é o tempo que dispomos para realizar os nossos sonhos e colocar em prática as ações que nos levem à concretização dos mesmos. O não fazer pode ser mais perigoso do que fazer e errar, pois, com exceção da morte, tudo na vida tem solução.

Leandro, hoje um renomado administrador de empresas, quando jovem, era extremamente tímido, cheio de complexo, feio e desengonçado para andar. Ele sempre gostou muito de dançar e a sua timidez e o medo de “receber uma mala” – quando outra pessoa é convidada para dançar e nega o convite – o impediam de convidar as demais jovens para dançar.

Sempre que ia a uma festa sentava-se em local afastado e ficava observando as demais pessoas, bem como os rapazes mais extrovertidos e que não pensavam duas vezes para tirar uma mulher para dançar.

Certa feita, os seus olhos cruzaram com os de uma jovem muito simpática e ele, discretamente, olhou para trás, imaginando que ela estivesse olhando para outra pessoa e não para ele. Após ter a certeza de que somente uma parede existia, percebeu que era para ele mesmo que aquela jovem dirigia o seu olhar. Pensou, pensou e pensou. A distância entre ambos era de aproximadamente quatro metros, o que parecia para ele dez quilômetros. Levantou-se e foi andando ao encontro da jovem. Quando estava bem próximo, percebeu que um outro rapaz se dirigia até a sua pretendente e a tirou para dançar. Neste momento ele desviou o caminho e foi direto para o toalete, objetivando disfarçar a situação, pois a percepção do mesmo era que todos na festa haviam percebido a cena.

Esse fato serve para ilustrar como são as coisas em nossa vida. Em determinados momentos não bastam vontade e  coragem. É preciso ser rápido e avaliar quais são os riscos de tomar ou não uma decisão. Ainda bem que nesse caso os riscos foram pequenos.

Semelhante a uma dança, onde o risco maior seria o de não ser aceito pela jovem, deixamos de tomar decisões importantes de relacionar ou não com outras pessoas por medo da rejeição ou de que no futuro aquele relacionamento cause frustrações. Relacionar com o outro é como respirar e não conseguimos viver isoladamente.