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DEM e PMDB questionam necessidade de alinhamento

 A defesa do alinhamento com o governo federal e com o governo estadual utilizada como estratégia pelo candidato Nelson Pelegrino (PT) em entrevista à Tribuna  foi duramente criticada pelos adversários na corrida pelo Palácio Thomé de Souza.
“Essa ideia soa como uma ameaça ao povo de Salvador. O próximo prefeito tem que ser competente, não basta ser alinhado com a presidente e o governador”, apontou o presidente estadual do PMDB, deputado federal Lúcio Vieira Lima.

Para o peemedebista, a aposta de que o alinhamento é fundamental para administrar a cidade é equivocada e a atual administração serve como prova. “O governo federal foi quem trouxe os investimentos para Salvador, quando João Henrique estava no PMDB, na época em que Geddel (Vieira Lima) era ministro. 
O governador comemorou a vinda de João Henrique para a base, mas cadê os resultados?”, questionou. Apontado por Pelegrino como um “retorno ao passado”, ACM Neto (DEM) disse não acreditar que falta de alinhamento resulte em perseguição da presidente Dilma Rousseff ou do governador Jaques Wagner.
“Se fosse assim, o governo do prefeito João Henrique, que teve o PT como aliado durante o primeiro mandato, teria sido uma maravilha”, alfinetou o democrata, lembrando que a vice de Pelegrino, Olívia Santana (PCdoB), foi titular da Secretaria Municipal de Educação, pasta atualmente sob o comando do PTN, parte da coligação de ACM Neto.
“A participação do Democratas na atual administração foi limitada à Saltur, mas o PT teve uma grande fatia. Pelegrino tem na chapa a ex-secretária municipal da Educação. Enquanto o PTN fez um grande trabalho, reconhecido pelo próprio PT publicamente, a vice dele passou em branco”. A lembrança de que Pelegrino fora derrotado em quatro eleições também fez parte da desconstrução do discurso do petista promovida pelos adversários. 
“O PT de Pelegrino, que já perdeu quatro eleições em Salvador, chegou ao poder prometendo um mar de rosas para o funcionalismo público estadual. 
E o resultado: uma greve de mais de cem dias dos professores”, atacou. A coalizão de 15 partidos citada por Pelegrino foi alvo do comentário de Mário Kertész (PMDB). “A coligação construída para a minha candidatura reflete o que proponho para a cidade e que vou cumprir rigorosamente. Não serei cobrado e não terei que fatiar a prefeitura para agradar 15 partidos, interessados apenas em projetos ‘pessoais’ e indiferentes à cidade”, sugeriu. 
“Nelson Pelegrino e ACM Neto discutem, representam e falam em projetos políticos. Não estou preocupado com perpetuação do poder ou de retomada do poder. A verdade é que a cidade vem perdendo muito com essa disputa paroquial entre carlismo e petismo.(Tribuna)

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