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Com longas filas, Egito inicia histórica eleição presidencial

Mulher deposita voto na urna logo após abertura do 1º turno da eleição presidencial egípcia
Desde as primeiras horas da manhã desta quarta-feira, longas filas se formaram nos locais de votação de norte a sul do Egito para o início da primeira eleição presidencial livre da história do país. Mais de 50 milhões de egípcios foram convocados às urnas para escolher o primeiro presidente desde a queda do ditador Hosni Mubarak, em fevereiro do ano passado.
Os colégios eleitorais foram abertos às 8 horas locais (3 horas em Brasília) e serão fechados doze horas depois. Essa etapa do processo – o 1º turno do pleito histórico – ocorre em dois dias, sendo concluído na quinta-feira. A previsão é de que o vencedor da disputa só seja anunciado após a realização do segundo turno, em 16 e 17 de junho, uma vez que não há nenhum franco favorito. 
Treze candidatos concorrem à Presidência, mas só quatro são apontados como prováveis vencedores: dois islamitas, o moderado Abdel Moneim Abul Futuh e o candidato da Irmandade Muçulmana, Mohammed Mursi; e dois remanescentes do alto escalão do antigo regime, o ex-secretário-geral da Liga Árabe e ex-ministro das Relações Exteriores, Amr Moussa, e o último primeiro-ministro de Mubarak, Ahmed Shafiq.
Fiscalização – No total, 14.500 juízes estão encarregados de fiscalizar o processo eleitoral em 13.099 locais de votação. Eles são assistidos por mais de 65.000 funcionários, segundo o governo da Junta Militar comandado pelo Conselho Supremo das Forças Armadas, no poder desde a queda de Mubarak. Além disso, ONGs egípcias e estrangeiras também farão o acompanhamento das eleições.
Depois de 15 meses no controle do país, os militares prometeram entregar o poder ao novo governo civil em 1º de julho. A expectativa é que ao assumir, o novo presidente consiga pôr fim ao traumático período de transição que se estende desde o início da revolta popular contra o ex-ditador, marcado por conflitos nas ruas, prejuízos para o turismo e a economia como um todo e aumento da criminalidade.
(Veja)

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