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Frases de efeito e a realidade do povo


Nos últimos dias, algumas declarações chamaram a atenção do povo baiano: “Vamos priorizar a reconstrução”, “Somos parceiros” e, a mais polêmica, “Não comprem alimentos caros, procurem o mais barato”. Frases ditas por figuras de destaque, ocupantes de cargos importantes no Brasil, que demonstram conhecimento da realidade, mas também revelam o distanciamento entre o discurso e a prática. Afinal, o que essas palavras realmente significam para a população?

A alta nos preços dos alimentos, combustíveis e outros itens essenciais tem levado os brasileiros a verdadeiros malabarismos para sobreviver. O salário perde valor a cada dia diante de aumentos sucessivos, tornando a vida ainda mais difícil. E, em vez de soluções concretas, as autoridades lançam frases de efeito para tentar minimizar o impacto da crise. “Não comprem laranja, pois está cara”, “Procurem sempre o mais barato” – declarações que soam quase como um deboche diante da realidade enfrentada pelo povo. A pergunta que fica é: não seria dever deles garantir melhores condições de vida para a população?

Outra questão que surge é sobre a recente colisão de um veículo do IPHAN e do IPAC contra uma igreja no Centro Histórico de Salvador, pertencente a uma das instituições mais ricas do mundo: a Igreja Católica. Diante do incidente, a necessidade de recuperação do templo foi prontamente levantada, com previsões de altos investimentos públicos. Mas surge uma dúvida: por que milhões de reais dos cofres municipais, estaduais e federais são destinados à restauração dessas igrejas, se elas possuem receitas próprias e são isentas de impostos? Para onde vão esses recursos?

São perguntas que ecoam em meio às promessas e frases de efeito. E, enquanto as respostas não vêm, o povo segue lutando, equilibrando-se entre a dura realidade e as belas palavras dos que deveriam governar para todos.

Visão Cidade

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