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Seleção Feminina é prata

As jogadoras da Seleção Brasileira Feminina entraram neste sábado (10) para a galeria das medalhistas olímpicas. As brasileiras voltaram a subir no pódio olímpico depois de 16 anos. A última vez que o Brasil ficou com a medalha de prata foi nos Jogos de Pequim-2008. Nesta tarde, elas perderam para a equipe norte-americana por 1 a 0 e ficaram em segundo lugar no torneio olímpico. O gol da vitória foi marcado por Mallory Swanson.

DESBANCANDO CAMPEÕES

Para chegar na final olímpica, a Seleção superou duas gigantes do futebol mundial. Na terça-feira (6), em Marselha, as brasileiras venceram a Espanha, atual campeã mundial, por 4 a 2. As espanholas conquistaram o último Mundial, disputado no ano passado, na Oceania. No sábado passado (3), o Brasil eliminou a França, outra gigante do futebol feminino. Em Nantes, elas ganharam das francesas por 1 a 0 e ainda quebraram o tabu. O Brasil nunca tinha vencido as donas da casa.

Na final, as brasileiras fizeram uma excelente atuação, mas não conseguiram superar os Estados Unidos. As norte-americanas são as maiores vencedoras do futebol feminino. Elas colecionam quatro Copas do Mundo e agora cinco medalhas de ouro.

Na primeira fase, o Brasil oscilou. Venceu a Nigéria por 1 a 0, na estreia, em Bordeaux. Depois, o time nacional perdeu para o Japão por 2 a 1, em Paris, e foi derrotado pela Espanha por 2 a 0, na final da fase de grupos em Bordeaux. 

ARTHUR ELIAS É OUSADO

A medalha de prata na França comprovou o talento do técnico Arthur Elias, um dos melhores do mundo no futebol feminino. O treinador de 43 anos tem um estilo ousado e adota um esquema rotativo, que valoriza todas as convocadas. Nas seis partidas em Paris-24, o técnico nascido em São Paulo não repetiu a escalação nenhuma vez.

Contratado pelo presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, em setembro, para reformular o time nacional, Artur Elias prometeu recolocar o Brasil como protagonista no curto prazo. O resultado apareceu logo. Em março, na primeira competição oficial do treinador, a Seleção foi vice-campeã da Copa Ouro. Com uma formação a cada jogo, como na Olimpíada, o time brasileiro venceu disputou seis jogos, marcou 15 gols e sofreu apenas dois. Uma demonstração da capacidade ofensiva e força defensiva. 

Nos Jogos Olímpicos, ele levou o Brasil a medalha de prata.  

MARTA É A MAIOR MEDALHISTA DO FUTEBOL

Eleita seis vezes a melhor do mundo, Marta é agora a recordista de medalhas do futebol brasileiro. Com o segundo lugar em Paris, a alagoana de Dois Riachos é dona de três medalhas olímpicas. Ela já havia sido protagonista das campanhas das conquistas das duas pratas (Atenas-04 e Pequim-08), até então o maior feito do futebol feminino. Melhor jogadora de todos os tempos, a brasileira tem mais essa façanha na sua carreira recheada de títulos. 

LORENA FECHOU O GOL

A goleira do Grêmio voltou a se destacar. A paulista de Ituverava fez defesas decisivas, assim como nos demais jogos da Seleção nos Jogos Olímpicos. Na terceira competição oficial pelo Brasil, a goleira de 27 anos já defendeu seis penalidades, sendo três durante o tempo normal e três durante a decisão por pênaltis.

Cotada para a Copa do Mundo de 2023, a goleira do Grêmio sofreu uma lesão no joelho esquerdo em março do ano passado e ficou fora dos gramados por 11 meses. Neste ano, Arthur Elias convocou a goleira, que nunca mais saiu da equipe.

PRÓXIMO DESAFIO: COPA DO MUNDO 2027

O pódio olímpico confirma o Brasil como um dos melhores do futebol feminino atual. O time comandado por Arthur Elias ganha uma força maior para iniciar a preparação para o próximo desafio: a disputa do Mundial de 2027, que será no país. Em maio, a CBF ganhou a eleição realizada pela Fifa para escolher a sede da próxima Copa do Mundo.

Com 119 votos, o Brasil foi escolhido para receber, pela primeira vez na história, o Mundial Feminino. A realização do Mundial no país faz parte da estratégia do presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, para massificar o futebol feminino no país. O desenvolvimento de toda a cadeia produtiva do esporte feminino (atletas, treinadoras, médicas, árbitras) é um dos pilares da gestão de Ednaldo Rodrigues.

BRASIL BUSCOU O GOL desde o início

Logo no primeiro minuto, Ludmila quase abriu o placar. Ela recebeu passe dentro da área, chutou, mas a goleira adversário defendeu. O jogo começou acelerado. Os dois times se lançaram ao ataque e criaram muitas oportunidades.

IMPEDIMENTO

Aos 15 min, Ludmila fez uma bela jogada pela esquerda em cima de Naome Girma, uma das melhores do mundo na posição, e chutou sem chance para a goleira. A torcida vibrou no Parque dos Príncipes, mas a árbitra deu impedimento na origem da jogada.

QUASE

O Brasil continuava melhor. O time comandado por Arthur Elias teve mais posse de bola. Aos 46 min, Gabi Portilho recebe cruzamento da direita e bate de primeira, mas a goleira fez outra boa defesa. 

SEGUNDO TEMPO

O Brasil voltou para o segundo tempo em busca do ouro. 

MEXIDA

Aos 3 min, Arthur Elias fez a primeira mudança. Ele colocou Ana Vitória no lugar de Vitória Yaya, que se contundiu.

GOL AMERICANO

Em seguida, aos 11 minutos, Mallory Swanson colocou os Estados Unidos na frente. Ela aproveitou o lançamento, entrou na área pela esquerda e chutou forte para fazer o primeiro da decisão. Swanson fez o gol no dia que completava a sua centésima partida com a camisa da Seleção norte-americana.

MAIS MUDANÇAS

Com o Brasil em desvantagem, Arthur Elias mudou novamente o time. Ele colocou Angelina, Priscila e Marta nos lugares, respectivamente, de Duda Sampaio, Jheniffer e Ludmilla.

ÚLTIMA MUDANÇA

Aos 38 min, Rafaelle entrou no lugar de Lauren. A Seleção tentava o empate, pressionando as adversárias.

POR POUCO

Aos 48 min, Adriana quase empatou. De cabeça, ela aproveitou o cruzamento e obrigou Naeher a fazer uma bela defesa. 

DEZ MINUTOS DE ACRÉSCIMOS

O Brasil continuou em cima das norte-americanas, que conseguiram segurar a vitória. É a quinta medalha de ouro dos Estados Unidos no futebol feminino.

CBF

Creéditos: Rafael Ribeiro/CBF

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