William Lima é prata e Larissa Pimenta bronze no judô. Rayssa Leal é bronze no skate
O japonês Hifumi Abi o superou o brasileiro William Lima e levou o ouro na final do judô masculino, categoria até 66kg. O brasileiro chorou muito, por acreditar na chance do ouro, mas cumprirá a promessa de colocar uma medalha, a de prata, em seu filho ao voltar pra casa. “É minha primeira olimpíada, eu achava que ficaria muito mais nervoso. Peço desculpas pela medalha de prata”, disse o judoca.
O brasileiro vinha de vitória por ippon na semifinal contra Gusman Kyrgyzbayev, do Casaquistão. Antes, havia superado paradas difíceis. Pegou um adversário duro na primeira luta, Sardor Nurillaev, bronze no Campeonato Asiático e prata no Grand Slam de Tbilisi em 2024. Ele venceu por waza-ari. Foi uma luta muito amarrada, com o uzbeque tentando levar para o solo a maior parte do tempo. O brasileiro soube se defender bem e achou um golpe quase no final da luta para avançar de fase.
Nas oitavas, William enfrentou Serdar Rahimov, do Turcomenistão. Com apenas 2’39” de luta, o adversário tomou três punições por falta de combatividade e foi eliminado. Nas quartas, William venceu luta emocionante contra o mongol Baskhuu Yondonperenlei com um waza-ari, também no golden score.
O Brasil faturou também a medalha de bronze no feminino com Larissa Pimenta (52kg). O terceiro lugar no pódio foi garantido após a italiana Odette Giuffrida levar a terceira e derradeira punição no golden score.
Ela havia vencido a alemã Mascha Ballhaus, por ippon no golde score, na repescagem, para disputar o bronze. Na percurso, estreou contra Djamila Silva, de Cabo Verde, vice-campeã africana. A brasileira conseguiu encaixar a chave-de-braço e obrigou a caboverdiana a desistir do combate, vitória por ippon.
No combate seguinte, Pimenta enfrentou a britânica Chelsie Giles, prata no Grand Slam de Paris e no Grand Slam de Antalya neste ano, medalhista olímpica com o bronze em Tóquio 2020 e vice-campeã mundial em 2022. Pimenta não deu chances pra adversária, dominou a luta colocando mais golpes e forçou duas punições à adversária por falta de combatividade. Pressionada, a britânica tentou acelerar os golpes no golden score e, no contra-ataque, Larissa conseguiu um waza-ari, encerrando o combate.
Nas quartas de final, enfrentou Amandine Buchard e toda a torcida da Arena Champs de Mars, incluindo o Presidente da França, Emanuele Macron. Ela acabou sendo superada depois que a francesa conseguiu a imobilização durante o golden score e foi para a repescagem lutar pelo bronze.
Rayssa nunca desiste!
Rayssa Leal, aos 16 anos, conquistou sua segunda medalha olímpica ao alcançar, na última manobra, a terceira melhor pontuação na disputa do skate street feminino. Rayssa já havia sido a mais jovem medalhista olímpica do Brasil, quando conquistou a prata nos Jogos de Tóquio, em 2021, com 13 anos e 203 dias de idade.
Agora, com nota 253.37, ficou atrás apenas das japonesas Coco Yoshizawa e Liz Akama.
(Agência Gov)
Foto: WanderRoberto/COB