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Feiras e mutirões: Respostas à precarização dos serviços

 

A crescente precarização de serviços essenciais está cada vez mais evidente para a população. Esta realidade se reflete em diversos setores, como saúde e educação, onde as adversidades são palpáveis e alarmantes. Na Bahia, em particular, temos testemunhado feiras de saúde e mutirões por todo o estado, especialmente nas regiões mais carentes, onde a falta de acesso a serviços médicos e educacionais de qualidade é uma triste realidade.

Estes eventos, embora louváveis em sua intenção de atender às necessidades imediatas da população, revelam apenas a ponta do iceberg de problemas que assolam nossa sociedade. É preocupante observar a quantidade de pessoas que recorrem a estes eventos em busca de atendimento médico básico, a falta de acesso a serviços oftalmológicos em muitas cidades do interior é um exemplo gritante desta situação.

A situação da saúde é particularmente grave, com a escassez de profissionais e recursos afetando negativamente a vida de milhares de baianos. Em muitos municípios, a espera por procedimentos simples, como cirurgias de catarata, pode se estender indefinidamente. Os relatos de pacientes buscando atendimento especializado, como ginecologistas e pediatras, são frequentes e preocupantes.

Embora as feiras de saúde e mutirões possam aliviar temporariamente esses problemas, é essencial que os prefeitos do interior assumam uma postura mais proativa na gestão da saúde pública. A dependência exclusiva do apoio do Estado e da União não é suficiente para resolver os desafios enfrentados pelas comunidades locais.

À medida que nos aproximamos das eleições municipais, é crucial que os cidadãos avaliem cuidadosamente seus candidatos, exigindo compromissos sólidos com a melhoria dos serviços públicos. No dia seis de outubro de 2024, o eleitorado terá a oportunidade de expressar suas preocupações e aspirações, escolhendo líderes comprometidos com o bem-estar de suas comunidades.

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