Caixas coletoras para resíduos secos e úmidos facilitam trabalho de catadores e incentivam descarte correto
A Empresa de Limpeza Urbana de Salvador (Limpurb) instalou 60 caixas coletoras ao longo da Arena Daniela Mercury, sendo 30 para resíduos secos e 30 para úmidos. A ação visa incentivar o descarte ambientalmente correto de resíduos no evento e facilitar o trabalho dos catadores e das cooperativas.
Nestes três dias, já foram coletadas 9 toneladas de resíduos recicláveis na arena, sendo 80,6 kg das caixas coletoras para resíduos secos. No ano passado, 11 toneladas de resíduos recicláveis foram acumuladas durante os cinco dias de festival. Com os 60 recipientes distribuídos no circuito do evento, a expectativa é que a soma este ano seja maior.
“É muito importante que o cidadão entenda que essa separação facilita a reciclagem desse produto, porque quando o resíduo está úmido precisa passar por um processo de higienização e as cooperativas não têm essa capacidade. Quando você entrega o resíduo seco na caixa correta, ele já chega para a cooperativa no formato para a comercialização, facilitando, assim, a receita das cooperativas, gerando renda e apoio aos catadores”, destacou o presidente da Limpurb, Omar Gordilho.
A coordenadora de educação comunitária da Limpurb, Rosemary Mascarenhas, acrescenta que, em longo prazo, a ação visa evitar os impactos causados pelo descarte irregular dos resíduos, reduzindo a poluição ambiental e aumentando a vida útil dos aterros sanitários.
“A maior geração é justamente a de resíduos secos, devido às garrafas pet, embalagens de plástico e papelão. Na Central de Apoio, os resíduos serão triados e encaminhados para a cooperativa, onde terão uma destinação ambientalmente adequada e serão reinseridos no ciclo produtivo, transformando-se em matéria-prima para a confecção de novos produtos. Com essa separação dos resíduos, esperamos fazer um festival cada vez mais sustentável”, afirmou.
Facilidade – José Gualberto de Jesus, 52 anos, contou que atua como catador no evento há alguns anos. “É uma renda para a gente, e boa parte do que eu cato eu pego das caixas. A minha esposa está grávida de cinco meses e está trabalhando comigo”.
Este ano, uma cooperativa foi contratada com recursos próprios da Prefeitura e está atuando em um coletivo, formado com mais 11 cooperativas, na Central de Reciclagem, instalada na Arena com o apoio da Solar Coca-Cola.
O coletivo fez a inscrição de 100 catadores autônomos avulsos – que receberam um kit com bota, luva, calça, camisa, saco de rafia e protetor auricular – e atua com 35 cooperados. Além desses 100, outras pessoas interessadas podem deixar os seus materiais recicláveis na central.
No local, o quilo do alumínio custa R$5, o quilo da garrafa PET custa R$1 e o do plástico, R$0,30.
Educação ambiental – Todos os ambulantes que estão participando do Festival Virada Salvador participaram de uma capacitação promovida pela Secretaria de Ordem Pública (Semop) para receberam informações sobre a coleta seletiva no evento.
“Falamos sobre as caixas coletoras, explicamos para eles o que era resíduo seco e resíduo úmido, falamos que as caixas coletoras estariam dispostas ao longo da arena em duplas: uma para resíduo seco e outra para resíduo úmido. Em ambas as caixas há as informações dos tipos de resíduos secos e úmidos que serão gerados ao longo do festival, aí é só observar direitinho na hora de descartar”, informou.
Além das caixas coletoras para resíduos secos e úmidos, uma cooperativa de catadores de materiais recicláveis atua nos camarotes do evento.
Foto: Jefferson Peixoto
Texto: Priscila Machado
SECOM