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Em primeira Série A, Rezende fica no top-3 dos jogadores com mais desarmes

O retorno do Bahia à primeira divisão depois de um ano na Série B não foi bem como os torcedores tricolores desejavam. Apesar do alto investimento na montagem do elenco feito pelo Grupo City, o Esquadrão lutou contra o rebaixamento até a última rodada na Série A. Mas, entre os jogadores do clube baiano, o volante Rezende pode considerar que viveu um ano praticamente perfeito.

Em sua primeira participação na elite do futebol nacional, o camisa 5 tricolor fechou o ano como o terceiro melhor em número de desarmes na competição, com 95 roubadas de bola. Uma média de 2,87 por partida. Ele ficou atrás apenas de Marlon, do Cruzeiro, que conseguiu 114 desarmes, e Matheus Fernandes, do Red Bull Bragantino, com 106. Os dados são do site Sofascore, especialista em analisas as estatísticas dos jogadores.

No Bahia desde 2022, Rezende foi um dos destaques do clube na campanha de acesso à primeira divisão, mas se consolidou de vez na atual temporada. Ao todo, ele disputou 53 jogos, marcou quatro gols e deu três assistências.

Durante a temporada, o volante foi uma espécie de coringa, atuando tanto na linha de três zagueiros quanto no meio-campo. Nas duas funções ele conseguiu destaque, seja com Renato Paiva ou Rogério Ceni, que treinaram o clube em 2023.

Ao assumir o Bahia, Ceni encontrou em Rezende um pilar para montar o time. A partir da mudança de posicionamento do jogador, o treinador conseguiu variar a formação tática sem a necessidade de trocar peças na equipe.

“Rezende tem uma bola aérea que ajuda muito, estabiliza um pouco mais a defesa nesse tipo de jogada. Acevedo é um ótimo jogador também, de toque de bola. Yago está sempre subindo demais, tem mais dinâmica até que Rezende, mas a bola aérea, um volante alto, acima de 1,80m, que joga à frente da zaga, te ajuda muito”, disse o treinador após a derrota do Esquadrão para o Santos. Ele não contou com Rezende, que estava suspenso.

Para entender a importância que Rezende teve, basta olhar os números além do individual. Com o volante/zagueiro em campo, o Esquadrão conquistou 11 das 12 vitórias que conseguiu no Brasileirão.

O aproveitamento do tricolor com o jogador foi de 40%. Sem o volante, o desempenho caiu para 26,6%. Nos cinco jogos em que ele esteve ausente, o time baiano perdeu em três oportunidades (Santos, duas vezes, e Athletico-PR), empatou com o Goiás e venceu apenas o Fortaleza.

Aos 28 anos, Rezende até então nunca havia disputado a Série A. Revelado pelo Madureira-RJ, ele rodou por clubes do Rio de Janeiro, Treze-PB e Azuriz-PR antes de chegar ao Goiás. No esmeraldino, conquistou o acesso à elite em 2021, porém no ano seguinte continuou na Série B para defender o Bahia.

A tendência é a de que no próximo ano o clube aumente a concorrência por uma vaga no meio-campo. O tricolor sondou a situação de Gregore, atualmente no Inter Miami, e tem o volante na mira.

O clube pode buscar uma outra peça para o setor, já que Acevedo rompeu os ligamentos do joelho e ainda passará por cirurgia. O uruguaio está emprestado pelo New York City e o Bahia precisa chegar a um acordo com o clube americano para manter o atleta no elenco.

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