Esporte

Paiva lamenta pouca eficácia do ataque do Bahia, mas defende Everaldo

O Bahia viveu um roteiro que é comum no Brasileirão. Apesar do apoio da torcida – mais de 45 mil pessoas estiveram na Fonte Nova -, o Esquadrão tropeçou e não passou de um empate por 1×1 com o Vasco, na noite deste domingo (3), em um confronto direto na luta contra o rebaixamento.

Após a partida, o técnico Renato Paiva fez a sua análise e voltou a colocar o sistema ofensivo como ponto fundamental para o time não conseguir os resultados positivos. Ele reconheceu que o Bahia tem dificuldade para transformar o volume de jogo em chances de gols.

“Acho que foi uma primeira parte de grande qualidade onde não conseguimos materializar as jogadas em finalizações, o último passe está nos custando. Por tanto, essa definição nos corta o jogo. Em muitos momentos o Vasco defendeu em 20 metros com 9 jogadores, o que nos fez insistir no jogo por fora, nos cruzamentos. O Vasco foi mais defensivo do que eu esperava. Não conseguimos criar as finalizações e isso nos custa”, iniciou o treinador

“No segundo tempo houve uma reação normal do Vasco, baixamos um pouco sem a bola, o Vasco montou um losango no meio. Para mim o maior pecado foi não defender com a bola”, completou.

O português lamentou o tropeço no primeiro dos três confrontos contra rivais diretos que o time terá no Brasileirão. Agora o Bahia ganhará uma folga por conta da data Fifa. O próximo compromisso será no dia 14 de setembro, contra o Coritiba, fora de casa.

“É trabalhar naquilo que eu entendo que vêm sendo os pecados da equipe: na finalização, que não faz o gol, e no último passe que não entra na zona de finalização. Temos que trabalhar em cima disso, na decisão, no posicional. Não jogamos sozinhos. Entendo que o torcedor tinha essa expectativa, jogando em casa. O Vasco, em alguns momentos, foi melhor do que nós, é um Vasco diferente do que foi na primeira metade. Não conseguimos materializar as chances em finalizações. Vamos trabalhar em cima disso. Não há outra coisa a fazer”, disse.

Renato Paiva saiu em defesa de Everaldo. De volta ao time titular, o centroavante teve atuação apagada e falhou em dois contra-ataques. Em um deles ele não tocou a bola e foi desarmado.

“O Everaldo é o nosso centroavante com mais gols marcados, tem a concorrência do Mingotti, eu tenho usado os dois a depender da estratégia. O torcedor tem direito a manifestar-se, hoje fez o seu papel, nos apoiou e não conseguimos dar a vitória. O torcedor vem aqui e se manifesta em função do que vê, eu faço a estratégia em função do que vejo no treino”, afirmou.

ESTREIA DE JUBA

O treinador também aproveitou para falar sobre a estreia de Luciano Juba. Contratado na última sexta-feira (1º), ele entrou aos 40 minutos do segundo tempo.

Paiva dise que foi chamado de burro por parte da torcida por não ter colocado o jogador antes, mas explicou que a ideia era não utilizar o atacante.

“Juba fez dois treinos com o Bahia, me chamaram de burro 500 vezes para colocar o Juba. Ele entrou e errou quatro ou cinco passes, pois não é super homem. O Juba vem do Sport, com colegas diferentes, treinadores diferentes, uma forma de jogar diferente. Não vejo o futebol assim. Se o Bahia tivesse contratado Messi ou Cristiano Ronaldo, nem precisaria treinar, colocaria no time e vamos embora. Mas isso é exceção”, disse ele antes de completar:

“Para mim é treino, treino e treino. Eu, mediante as limitações que tinha hoje, tive que pôr o Juba. Não era a minha ideia. Isso é muito bonito, mas Juba errou três ou quatro passes que não comprometeram o jogo e no futuro vão dizer que erramos na contratação. Mas o burro sou eu. Isso não existe. O Brasil é o país do futebol, mas é o único que chama os treinadores de burros. Tem o direito? Tem, mas não percebem mais de futebol do que eu. Enquanto eu for o treinador, vou evitar essas situações”.

Correio

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