Bahia e Jacuipense farão confronto inédito na final do Campeonato Baiano
Jacupa será o 13º adversário diferente do tricolor em decisões do estadual
A partir de agora o foco total do Bahia está na final do Campeonato Baiano. Domingo, o clube começa a decidir com o Jacuipense o campeão da edição 2023 do segundo estadual mais antigo do país. O jogo de ida será no estádio Eliel Martins, o Valfredão, em Riachão do Jacuípe.
Maior vencedor da história do Baianão, com 49 títulos, o Bahia terá no Jacupa o seu 13º adversário diferente em uma final de estadual. Das outras 12 equipes, sete são do interior. Destaque para o Fluminense de Feira, rival em três decisões (1956, 1963 e 1991).
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Itabuna (1970), Atlético de Alagoinhas (1973 e 2020), Catuense (1983 e 1987), Juazeiro (2001), Vitória da Conquista (2015) e Bahia de Feira (2019) completam a lista.
O Bahia possui bom retrospecto diante dos times do interior. Dos 11 confrontos valendo taça, o clube da capital venceu dez. A única derrota aconteceu diante do Fluminense, em 1963.
O último título conquistado pelo tricolor sobre o interior foi em 2020, quando superou o Atlético de Alagoinhas nos pênaltis, em Pituaçu, após dois empates no mesmo estádio, por 0x0 e 1×1.
O confronto com o Jacuipense na final é inédito. Aliás, esta é apenas a segunda vez que o time de Riachão chega à decisão. No ano passado, o Leão do Sisal perdeu a disputa para o Atlético. Perdeu em casa por 2×0 após ter empatado em Alagoinhas por 1×1.
Além dos clubes do interior, o Esquadrão encarou cinco times da capital em finais do Baianão: Galícia (1945 e 1967), Ypiranga (1949), Botafogo (1954), Leônico (1978) e Vitória. É importante destacar que a conta leva em consideração somente os campeonatos decididos em finais. Muitas edições foram disputadas por pontos corridos ou com quadrangular ou triangular na última fase.
Como esperado, o confronto que mais vezes se repetiu no Baianão foi o clássico entre Bahia e Vitória. Tricolores e rubro-negros se enfrentaram 28 vezes na final. Cada um venceu 14. A última aconteceu em 2018, com o Bahia dando a volta olímpica dentro do Barradão.
Desde então, o interior do estado estabeleceu a sua força e foi finalista nas cinco últimas edições da competição, já contando com a atual. O Atlético de Alagoinhas faturou dois títulos, em 2021 e 2022, em duas finais totalmente interioranas, contra Bahia de Feira e Jacuipense. O Carcará foi vice em 2020, assim como o Bahia de Feira em 2019, ambos para o Bahia.
Hegemonia
Contra o Jacuipense, o Bahia tenta recuperar a hegemonia local depois de dois anos sem chegar à decisão e pode fazer história. Se ganhar, conquistará o troféu de número 50 no estadual.
No Brasil, apenas o ABC já conseguiu tal façanha. O time potiguar foi 57 vezes campeão. Ao lado do tricolor, o Paysandu é outra equipe que soma 49 títulos, no Pará, e também pode alcançar a marca ‘redonda’.
Atualmente a diferença do Bahia para o segundo colocado em número de títulos do Campeonato Baiano é de 20 taças, já que o Vitória tem 29. O Ypiranga, com 10, o Botafogo, com sete, e o Galícia, com cinco, fecham o top-5. Todos são da capital.
Na sequência, os bicampeões Fluminense de Feira e Atlético de Alagoinhas, recordistas do interior, têm o mesmo número de troféus dos já extintos Fluminense de Salvador e São Salvador (este ainda pratica remo). Doze times têm um título cada.
Correio