Vera Cruz: Familiares e sobreviventes de uma tragédia cobram solução a 5 anos
No 24 de agosto de 2017 há exatamente 5 anos o destino de 116 passageiros da embarcação Cavalo Marinho I ficaria marcado para sempre na maior tragédia da história da travessia marítima Mar Grande/ Salvador que afetou não só as 19 pessoas que jamais retornaram às suas casas, mas também seus familiares e os sobreviventes que convivem com a dor da perda e o trauma do naufrágio.
‘São 1.827 dias de impunidade, os familiares e sobreviventes do naufrágio com a lancha Cavalo Marinho I convida a todos para participarem da caminhada que será realizada no dia 24 de agosto às 8:30 horas da manhã, a concentração será na quadra do Riachão em direção a Praça de Mar Grande, vista-se de branco e junte-se a nós “indenizações jᔑ, este é um convite para uma manifestação que esta sendo divulgado nas redes sociais.
Não tenha dúvida que essa manifestação com os familiares e sobreviventes do naufrágio da lancha Cavalo Marinho 1 é mais que justo e contundente no seu perfil de cobrança, pois são 4 anos vivendo com essa impunidade, com essa falta de traquejo de perspectiva de uma posição pelo menos inquéritos que foram realizados, em inquéritos que foram concluídos pela Capitania dos Portos, pela Polícia Civil que deve estar nas mãos da justiça aguardando o seu parecer, o dinheiro creio eu de indenizações não cobrirá a perda de cada familiar, não substituirá a presença no seio da família dessa pessoa que se foi, diga-se de passagem por um erro gravíssimo em sair com a embarcação em um momento aonde não era seguro, fica a pergunta ‘O comandante da embarcação foi por conta própria ou porque foi orientado pelos seus superiores a fazer esse trajeto que fazia todos os dias?’, é uma simples pergunta sem resposta para aqueles que não querem dar, para aqueles que não querem levar a verdade a realidade para aqueles que sofrem no seu ‘dia a dia’ com a perda dos seus familiares, existe uma frase que marcou muito no campo dos debates dos direitos ‘A justiça tardia não é justiça e sim injustiça’.
Não podemos deixar de ressaltar que são cinco anos é verdade só são cinco anos e a cada ano que se completa e a ferida não cicatriza, a ferida permanece no mesmo lugar, ao completar esses cinco anos já vimos diversas manifestações sempre nesse período, aonde algumas pessoas envolvidas no campo político aproveitam deste momento, porém desta vez mostra-se diretamente que é diferente, na verdade é um povo que sofre, que sente na sua própria pele que falta a justiça para eles.
Visão Cidade