Política

Fabíola Mansur reverencia memória de Rex Schindler

Um dos mais importantes nomes do cinema brasileiro, pioneiro no cinema baiano. Assim a deputada Fabíola Mansur (PSB) definiu Rex Schindler na homenagem póstuma que prestou, na Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA). Através de moção de pesar pelo seu falecimento, na segunda-feira (20) em Salvador, aos 99 anos, de falência múltipla dos órgãos, a parlamentar registrou a trajetória e a paixão do diretor pela sétima arte.

A socialista lembra que a ALBA, através do selo Coleção Gente da Bahia, dedicado à preservação da memória de baianos – natos ou por adoção –, lançou uma bela biografia de Rex Schindler, escrita pelo jornalista Giovanni Giocondo. “Schindler era filho de pai alemão, Sigismund Schindler, e de mãe baiana, Erudina Alves dos Santos. Formou-se em medicina, em 1936, mas o cinema foi sua paixão definitiva. Nesta área, atuou como roteirista, argumentista, produtor e diretor. Foi participante ativo do Movimento do Cinema Novo ao lado de grandes nomes como Glauber Rocha, Roberto Pires, Braga Neto e Oscar Santana”, registrou Fabíola.

Segundo a deputada, seu amor pelo cinema era tão grande que Schindler vendia imóveis para viabilizar projetos de filme: “como engenheiro no ramo da construção civil nos anos 1950, usou parte do dinheiro ganho nessa área para bancar filmes que se tornariam pilares”. Ela conta ainda que os projetos de produção de cinema que incentivava faziam parte de uma proposta de trazer para a Bahia uma infraestrutura fílmica local, visando condições a uma indústria que conseguisse se manter a partir dos trabalhos aqui realizados.

Entre os trabalhos citados pela legisladora estão o roteiro de ‘A Grande Feira’, dirigido por Roberto Pires; e a direção do documentário ‘Bahia, por Exemplo’,

com entrevistas de artistas como Jorge Amado, Dorival Caymmi, Carybé, Mário Cravo Jr. e Olga de Alaketo. “A história do cinema baiano tem com Rex Schindler uma imensa dívida. Um pioneiro na produção no estado, de vasta trajetória dentro da nossa cinematografia. Adeus, Rex Schindler, quem faz e quem ama cinema na Bahia nunca o esquecerá”, escreveu Mansur.

ALBA

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