Política

Vereadora repudia violência contra negros e mulheres

Presidente da Comissão de Direitos Humanos e Democracia Makota Valdina, a vereadora Marta Rodrigues (PT) participou, na sexta-feira (11), de um ato contra o presidente Jair Bolsonaro na Praça da Piedade. Durante a atividade, a parlamentar reforçou a urgência de os órgãos públicos e privados se unirem para pôr em prática os mecanismos possíveis para combater a violência doméstica e a violência cometida pelo Estado contra a população negra e de mulheres.

“Sempre foi urgente, mas agora está gritante, está saltando aos olhos para o mundo todo. Todo dia são vidas perdidas, de Covid ou de tiro, como a de Kathlen Romeu, no Rio de Janeiro, como as de Viviane e Maria Célia, no bairro do Curuzu, em Salvador, semana passada (em tiroteio da polícia contra traficantes de drogas) e mais este caso de Daiane, morta pelo marido na Barra. Nossas vidas continuam por um fio, principalmente quando se é negro, se é mulher negra e pobre”, disse Marta.

“A violência do Estado mata, o machismo mata, o racismo mata. Passou da hora de gestões públicas, do setor privado, dos parlamentos e conselhos se unirem numa frente contra a violência às mulheres e aos negros que está atingindo níveis alarmantes, mesmo diante de uma grande subnotificação que sabemos existir”, destacou.

Marta cita, por exemplo, a última pesquisa do Instituto Datafolha, encomendada pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, que, em comparação com dados de última pesquisa, apontou aumento do número de agressões dentro de casa, que passaram de 42% para 48,8%.

Para Marta, é importante que a Casa Legislativa se volte para projetos que contribuam com as políticas públicas para as mulheres, combatendo desemprego e a violência doméstica. De sua autoria, ela cita o Programa Qualificação da Mulher para o Mercado de Trabalho e o Programa Municipal de Igualdade de Gênero.

O primeiro, explica a vereadora, atenderá prioritariamente as chefes de família que estão desempregadas ou em condições precárias de trabalho, criando um banco de dados com a participação de empresas, órgãos e entidades públicas ou privadas.

“São formas de diminuir o desemprego e a violência doméstica. Sugerimos também cotas mínima de 5% para a contratação de mulheres em situação de violência doméstica nas empresas que licitam com a administração pública municipal, e indicamos ao governo do Estado o incentivo a empregadores que buscam o serviço do SineBahia. Juntas todos os dias, nós, feministas e antirracistas, vamos caminhando a favor vida”, declarou a vereadora.

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