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Dia Mundial de Conscientização Sobre a Doença Falciforme

O vereador Marcelo Maia (PMN) protocolou na Câmara Municipal de Salvador a Moção de Aplauso nº 70/2021, em comemoração ao Dia Mundial de Conscientização Sobre a Doença Falciforme (DF), celebrado anualmente em 19 de junho. A data foi oficializada pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 2009.

A DF é uma doença congênita da hemoglobina que impede a oxigenação do organismo de maneira adequada, resultando em diversas complicações físicas e psicológicas, tais como acidente vascular cerebral, déficit imunológico, crises de dor, vaso-oclusão, úlceras, perda da visão, pneumonia de repetição, entre outras.

“É uma doença de origem africana, por isso é mais comum em populações afrodescendentes, que em sua maioria está em situação de vulnerabilidade social. O Dia Mundial de Conscientização Sobre a Doença Falciforme é de fundamental importância para a busca por visibilidade à doença”, justificou o parlamentar.

“Em 19 de junho de 2009, a ONU oficializou o dia mundial de conscientização sobre a doença. Em 2008, a entidade reconheceu a doença falciforme como um problema de saúde pública, sendo uma das mais importantes doenças genéticas do mundo. O reconhecimento reforça a necessidade de uma maior cooperação internacional a fim de facilitar o acesso ao diagnóstico e tratamento, além de divulgação de informações sobre a doença, sendo o dia 19 de junho um dia especial para avançar na conscientização da doença em diversas partes do mundo”, destacou Maia.

Dados não oficiais apontam para mais de 50 mil pessoas com a patologia. O Ministério da Saúde traçou um perfil sócio demográfico da doença, nascendo anualmente 3.500 crianças com a enfermidade e 200.000 com o traço falciforme, segundo o Programa Nacional de Triagem Neonatal.

Bahia

Segundo o vereador, na Bahia, para cada 650 nascimentos uma criança tem a doença e, em cada 17, uma criança tem o traço falciforme. Em Salvador, estima-se que a doença atinja uma pessoa num universo de 455 habitantes. No último ano foram cadastrados 1.106 pacientes nos ambulatórios especializados em doença falciforme na cidade e foram feitas 2.300 notificações no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) na capital. No mesmo período, 56 crianças nasceram com a doença.

A busca por visibilidade à DF foi uma luta do movimento negro e das pessoas com a doença, organizadas em associações como a Associação Baiana das Pessoas com Doença Falciforme (Abadfal), formada por pessoas com a doença, familiares, amigos, estudantes de graduação e pós-graduação e profissionais de saúde, com a missão de conquistar a cidadania plena das pessoas com a doença.

Câmara Municipal de Salvador

Foto: Visão Cidade

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