Cavalo Marinho I e os seus 3 anos de tragédia ainda sem resultado
A tragédia com a lancha Cavalo Marinho I ocorrida em Vera Cruz na Bahia vai completar 3 anos. A embarcação que pertencia a Empresa CL transportes Marítimo seguia viagem para Salvador no dia 24/08/2017, em meio a muita chuva, saindo de Mar Grande às 6:30, e mais ou menos uns vinte minutos depois o mal tempo levava todos em direção a um acontecimento desastroso, de grandes proporções, ceifando a vida de 19 pessoas.São três anos que se convive com a falta de resposta das autoridades, dos legislativos municipal e estadual e do Ministério Público. Não houve justiça ainda e segundo relatos as vítimas estão sem assistência de todos, principalmente da Empresa CL Transportes Marítimo. Abaixo segue a relação das vítimas por ordem de idade:
01 – Davi Gabriel Monteiro Coutinho, com 6 meses
02 – Lucas Medeiros Leão, com 2 anos
03 – Darlan Queiroz Reis Julião, com 2 anos
04 – Laís Pita Trindade, com 20 anos
05 – Taís Medeiros Ramos de Sales, com 32 anos
06 – Thiago Henrique de Melo Muniz Barreto, com 35 anos
07 – Alessandra Bomfim dos Santos, com 36 anos
08 – Dulciana dos Santos Queiroz, com 38 anos
09 – Sandra C. Lima dos Santos, com 40 anos
10 – Edilene Oliveira dos Santos, com 43 anos
11 – Isnaildes de Oliveira Lima, com 48 anos
12 – Rosimeire Novais Carneiro da Costa, com 49 anos
13 – Lindinalva Moreira da Silva, com 50 anos
14 – Edileuza Reis da Conceição, com 53 anos
15 – Rita dos Santos, com 54 anos
16 – Dulcelina Machado dos Santos, com 59 anos
17 – Antonio de Jesus Souza, com 67 anos
18 – Salvador Souza Santos, com 68 anos
19 – Ivanilde Gomes da Silva, com 70 anos
Foram 19 pessoas que perderam a vida, de um total de 120 que estavam naquela lancha que os levou ao infortúnio.
Agora ficam as perguntas que não querem e não podem calar:
O Magistrado já fez a análise de todo o processo dessa tragédia?
Já foi dado a sentença final ou esse processo no Ministério Público da Bahia já foi arquivado?
E a Empresa CL Transportes Marítimo, dona Cavalo Marinho I, já recebeu sua defesa final e não será mais chamada em juízo?Como estão as famílias dos que se foram e os que conseguiram se salvar?
Uns perguntam aos outros e não se sabe, não se tem mais notícias, só se fala nesse assunto quanto está perto do dia 24 de agosto de cada ano. Naquele dia, somente de uma mesma família foram três que tiveram suas vidas ceifadas, a avó Dulcelina de 59 anos, sua filha Dulciana de 38 anos, que era mãe de seu neto Darlan, de apenas 2 aninhos de idade. Todo esse contexto ainda é comovente.
Entrando no site da Marinha do Brasil, se pode ver que uma das suas recomendações para operação segura das embarcações, é que conheça a previsão do tempo e mantenha-se atento as indicações pelo mau tempo e para que conheça o regime de ventos de sua área de navegação e será que isso foi consultado antes da saída? Hoje se tem mais rigor com a suspensão das lanchas e os alertas são cumpridos, mas o que ficou além da espera dessas respostas, foi que essa tragédia ficará na memória de muitos, e seus protagonistas ainda estão à espera de justiça, e com se diz por aí: a esperança é a última que morre.
Por: Sarita Rodrigues
Fonte: G1 e Marinha do Brasil
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